terça-feira, 24 de março de 2009

Demorou mas chegou!

Demorou, mas enfim chegou o dia de todos lutarem contra o estrago que José Serra e Maria Helena estão fazendo com a educação em São Paulo! No dia 27, todos à Assembléia que lançará a campanha salarial e educacional dos professores! Abaixo, segue a fonte da informação:



Conforme aprovado pelo Conselho Estadual de Representantes da APEOESP, a assembléia que lançará a campanha salarial e educacional dos professores será no próximo dia 27 de março, a partir das 14 horas, na Praça da República.


Complementando informações contidas no cartaz convocatório enviado a todas as subsedes, a assembleia será COM PARALISAÇÃO.


Reforçamos ainda a reivindicação pelo piso do Dieese (R$ 1.900,31 em fevereiro) e o índice de 27,5% como reposição das perdas salariais.




PROFESSOR QUALIFICADO É PROFESSOR BEM-REMUNERADO!!

Vamos à luta por uma educação de qualidade no Estado de São Paulo!!

domingo, 15 de março de 2009

Como proceder na segunda-feira.

Elaborem uma carta com as exigências da sala, com a assinatura e RG de todos que concordarem com as nossas causas.

Modelo de Carta

1° parágrafo: Porque não concordamos com as medidas da diretora (O motivo pelo qual estamos escrevendo a carta)

2° parágrafo: Nossas Reivindicações.

Bandeiras do Movimento

Essas são as reivindicações do movimento, cada sala deve adequá-las conforme as necessidades de cada uma.

*Tolerância de 10 minunutos, no horário de entrada;
*Entrada na segunda aula para o noturno, conforme o Regimento desta Escola e conforme a Legislação deste país (ECA, Art. 54, VI);
*Permissão para trazer instrumentos musicais para a escola como forma de manisfestação cultural;
*Liberação do aluno em caso de mal-estar/ddoença ou em caso de consulta médica;
*Direito de irmos ao sanitário, mesmo em horário de aula, desde que o professor autorize.

Calendário do Movimento

Segunda-Feira • Nós do movimento conversaremos com TODOS os alunos para saber quais são as opiniões dos alunos sobre a atual gestão da diretora Elaine Feitosa. Preparação das cartas e reunião na hora da saída para coletar todas as cartas e entregá-las para a diretora (claro que só a Xerox, o original deve ficar conosco!)

Terça • Prazo para adaptação da diretora às exigências dos alunos.

Quarta • Em caso de não cumprimento de nossas reivindicações será iniciada uma nova onda de protestos até que ela cumpra o que foi pedido ou, em caso de não-adaptação por parte da atual diretora os protestos seguirão até a saída dela.

Até a vitória!!!!!!!!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Leia e reflita...

"Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer mais nada" Maiakovski



"Primeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

[Bertold Brecht (1898-1956)]

quinta-feira, 12 de março de 2009

Quem está com a lei? Vós ou Nós?

Bem, como a própria diretora disse para não ficarmos acreditando em boatos, fui atrás do que ela disse também pra não ficar só com a versão dela. Abaixo vou elencar algumas coisas que a Feitosa disse que não correspondem com a realidade:

Não existe entrada na 2° aula pra ninguém!
Segundo ela o Regimento da escola não diz nada sobre o direito de entrar na 2° aula para o noturno.
Segundo o Regimento, o horário de entrada para o noturno é até 19h10 para a 1° aula e depois o portão abre novamente para a entrada na 2° aula. E segundo as leis que regem a Educação e os Direitos da Criança e do Adolescente, é obrigação do estabelecimento de ensino se adequar às condições e necessidades de jovens e adultos, principalmente os que trabalham (ECA*, Art. 54, VI; LDB**, Art. 4°, VI e VII e CF*** Art.208, VI)

O já citado caso do aluno que passou mal e foi à diretoria.
Segundo a diretora - o referido aluno foi à secretaria e ela mandou ele tomar uma água e voltar para a sala. Cinco minutos depois, o aluno volta e diz que vai embora de qualquer jeito e pega o celular, ameaçando de ligar para o pai.
Segundo o aluno - Ele foi até a diretora e o mandou tomar uma água e voltar para a sala. Três aulas depois (e não cinco minutos, como disse a diretora) ele volta e a diretora manda ele ir tomar água novamente e voltar à sala, o aluno vira de costas reclamando que isso não existe e vai embora. (Obs: segundo o aluno e os colegas dele, ele não possui celular)

Os protestos não vão dar em nada!
Segundo ela se os alunos protestarem ela não acatará nenhuma reivindicação.
Mas hoje o pessoal da orquestra do Pão de Açúcar, que faz curso lá em Osasco, conseguiram guardar seus instrumentos na secretaria e foram super bem-tratados! Também, depois da repreensão da supervisora da Delegacia de Ensino também!

Se protestar vai ser expulso!
Segundo a Feitosa, o aluno que participar de protestos será expulso da escola.
Não há base legal para isso, já que a Constituição prevê a liberdade de pensamento (Art.5°, IV); a liberdade de associação (Art.5°, XVI e XVII) e proibe a dissolução dessa associação sem julgamento prévio na Justiça (Art. 5°, XIX). Sem contar o prórpio Regimento, que não prevê nenhuma punição para protestos (pacíficos).

Bem, depois de tanta mentira e ameaça, está na cara que ela tentou nos oprimir mais uma vez, tentando acabar com um movimento legítimo dos estudantes que luta por direitos básicos.

Como ela disse na reunião ontem: "Eu sinto prazer em respeitar a Lei!"

Nós também diretora! Mais prazer do que você aliás!

*Estatuto da Criança e do Adolescente
**Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
***Constituição Federal

quarta-feira, 11 de março de 2009

A Diretoria e a Contra-Revolução

11/03 - 7h30 - "Um grupo de alunos aguardam no corredor para uma reunião com a diretora. 'Um representante de cada sala!' , gritavam. Estando todos os representantes no local, a diretora começa a chamá-los. Em fila, seguimos até a sala de vídeo. Elaine Feitosa chega junto com a vice-diretora, Cida e as professoras Marta e Carmen..."


Mal começa a reunião, já começa uma sessão de gols contra a favor da diretoria. Ao serem questionados sobre o porque de estarem ali, 12 dos 20 alunos presentes afirmaram que era para "saber o que havia ocorrido ontem". Aproveitando desse deslize ela "concuiu" que o protesto não passou de uma "arruaça" promovida por um "grupinho" de alunos. Para piorar a situação, somos surpreendidos ao ver que alguns alunos também achavam que o que aconteceu ontem foi "baderna". (É importante avisar que esses foram os mesmos que afirmaram não saber o porquê do protesto).


Para facilitar a dominação, Elaine fez com que não fizéssemos perguntas enquanto ela falava. Assim, esquecíamos de vários pontos importantes que ela ia falando, diminuindo o número de perguntas "cabeludas". Sem contar o sem-número de mentiras contadas para nos cooptar. A pior de todas foi proferida quando discutia-se o caso do garoto do 2° ano que passou mal no dia do protesto: "Ele pegou o celular na minha frente e ameaçou de ligar para o pai dele!", tendo assim desrespeitado o regimento, que proíbe o uso do celular dentro da escola. Ela só "esqueceu" de um detalhe. O referido aluno nem celular possui.


A reunião foi se desenrolando e, ao mesmo tempo em que Elaine Feitosa se mostrava inflexível às reivindicações dos alunos, uma parte dos representantes começaram a apoiá-la, acreditando no seu falso "embasamento legal". Ela havia conseguido o que queria.


Mas ela não esperava que alguns alunos que não se deixaram cair pelo discurso da "legalidade" começaram a passar de sala em sala falando o que realmente havia acontecido - intolerância da diretora; ameaças de expulsão para quem protestasse e a falta de um acordo entre ela e os alunos. Mal soube da notícia, lá vem "dona Elaine" reprimir aqueles que se manifestavam contra a sua "jestão".


Na quinta-feira (12/03) já está preparada uma carta com todas as nossas reivindicações, assinada pelos alunos, que será entregue à diretoria, à Delegacia de Ensino e à Secretaria da Educação. Tentaremos o diálogo. Mas, se até terça (17/03) não for tomada nenhuma providência, dia 18 (quarta) terá inicio uma nova onda de protestos até que ela acate as nossas reivindicações!


Todos de caras-pintadas, apitos e cartazes para protestar!


Ela mal perde por esperar....

terça-feira, 10 de março de 2009

Hoje vi os dois extremos do poder

Dentro da Escola, no meio de um protesto a favor dos direitos básicos para um estudo de qualidade, vi um policial simpático representando o verdadeiro opressor da história. Dizia palavras bonitas como educação, direitos, e outras coisas mais para amenizar as perguntas enfurecidas de alunos realmente críticos. Claro, discutimos o que se podia ser feito, falamos nossas reivindicações, nossos problemas.
Pelos primeiros dez minutos, tive a plena ilusão de que alguém superior iria realmente fazer algo pela nossa causa. A conversa foi se arrastando até que todos vimos que, de fato, quem precisava estar naquela sala [a diretora]*, mal tinha dado as caras desde o começo do ano. Descemos para o pátio sem nenhuma resposta.
Como nós já prevíamos, a "lei" nos aguardava na porta da escola, e o que também prevíamos aconteceu: algumas pessoas levaram represálias da polícia. Frases como: "Vá embora para casa", "É proibido ficar na porta da escola" foram ditas, na tentativa de uma intimidação nítida contra nosso protesto pacífico.
Tanto o policial que estava dentro como os policiais de fora tentaram acabar com a luta por nossos direitos. Mas felizmente hoje mudamos um pouco da história do José Vieira de Moraes, hoje os verdadeiros oprimidos lutaram, de fato, contra seus opressores.
Protestamos de forma pacífica, de mãos limpas, não damos motivos para represálias; nossa principal arma foi a inteligência e a consciência de que estávamos fazendo algo não só para nós alunos mas também para todos aqueles que não têm acesso à uma educação de qualidade pelo fato de ser pobre, preto e favelado.
Elaine Feitosa, a diretora e carrasca do Vieira, nem sequer "dialogou" com os alunos que estavam querendo o direito de usar o banheiro, ter seus 10 minutos de tolerância em caso de atrasos como por exemplo por um ônibus quebrado; ter acesso à cultura e ao lazer, coisa que a escola deveria oferecer!
Mas hoje eu vi a outra face do poder - a face oprimida, que quando se levanta e luta se torna tão forte quanto o policial "simpático" e a diretora mandona, pois tem ao seu lado algo que eles não têm: A MASSA!

"Tal poder não nos ilude
Sabemos onde ele se encontra:
(Seja você, consciente ou contra)
É nas mãos da juventude!" (Poeta anti-ditadura)


By: R.R e El.M. (em breve, autores(as) deste blog)

*Nota de E.M.

(Segue abaixo um vídeo com um trecho da reunião com o Sargento)

Por uma Escola mais humana

Acontecimento histórico o que houve hoje. Lamentável, aliás mais uma lamentável decisão da "ilustríssima" diretora dessa tão conceituada Escola, que aos poucos está sendo brutalmente sufocada, fazendo com que seus maiores prejudicados, os alunos, exijam seus Direitos e fazendo com que as Leis sejam cumpridas. Essa Escola que já foi considerada local de cultura e educação, hoje é cenário de uma grande e justa luta por liberdade e pelo que é certo.
Ou seja, lutamos por um ensino de qualidade, que nos dê possibilidade de entrar numa Universidade Pública, lutamos para sermos ouvidos em relação à tolerância de atrasos por motivos de trânsito, lutamos por cultura para podermos levar instrumentos musicais, por ter livre acesso a nossa riquíssima biblioteca que por motivos que nunca nos foram dados nunca está aberta.
Se nós não fomos ouvidos falando em tom baixo, agora, com certeza, seremos ouvidos Unidos e com nossas gargantas à tona gritando por Liberdade, Justiça, Educação e uma Direção Mais humana, que se importe mais com os estudantes do que com simplesmente burocracia e tramites legais, queremos ter a nossa saúde preservada. Queremos ser tratados dignamente, sem a opressão da ronda ou da polícia militar, que deveriam estar prendendo e vasculhando lugares onde vândalos e meliantes estão e não onde estudantes pensantes se encontram lutando por uma Educação Melhor.

By: Fx (em breve, autor(a) desse blog)

O Dia da Contestação: Alunos dizem basta à opressão!

Hoje, 10 de março de 2009, os alunos do Vieira perderam o medo e foram à luta. Por mais de 3h os estudantes realizaram um protesto dentro e fora da escola. O motivo de tanta revolta: Feitosa Hitler se negou a dar assistência a uma menina que passava mal. "Só sai da escola se estiver morrendo" disse a nazi-diretora.
O protesto se iniciou quando alguns colegas da garota fecharam o portão da escada que dá acesso às salas. Bateu o sinal e todo mundo ficou no pátio. Não demorou muito começaram a gritar palavras de ordem como "Fora Feitosa" entre outras. Os alunos exigiam uma conversa com a diretora, mas a covardia foi maior e um grupo de alunos teve de entrar na diretoria para exigir que ela se explicasse. Durante a conversa ela se mostrou mais uma vez arrogante e prepotente ao responder: "Sou muito ocupada pra ficar resolvendo problema de aluno", e ainda teve a cara-de-pau de perguntar o que a gente estava vendo de mais na menina (obs: ela não deve ter visto que a menina chorava e não havia ninguém para chamar o pai ou levar a um hospital). E terminou ameaçando: "Avise pra todo mundo subir pras salas ou então eu chamo a rondinha!"
Os alunos não temeram e continuaram no pátio. Passados 10min lá estava o sargento da PM convocando um representante de cada classe para conversar. A portas fechadas, na sala 14, o policial tentava ganhar os representantes na lábia, e ao ver sua tarefa fracassada, agiu como de costume, ameaçando: "Se vocês quebrarem alguma coisa eu serei obrigado a chamar o reforço e reprimir vocês". Cheios de tanta "conversa mole" os estudantes saíram da sala e voltaram ao pátio.
De volta ao pátio vem o anúncio: é para todos ficarem na frente da escola até às 13h, para conversar com o pessoal da tarde que eles protestassem também. Às 13h10 já se ouviam gritos dentro da escola. Resta saber o que ocorreu à tarde e à noite neste dia tão agitado para os alunos da E.E. Prof. José Vieira de Moraes....

quarta-feira, 4 de março de 2009

Arte da periferia: meio de libertação dos oprimidos

Esse texto é de um poeta de Taboão da Serra, periferia de São Paulo. O nome dele é Sérgio Vaz e esse texto foi pronunciado na abertura da Semana de Arte Moderna da Periferia, evento realizado em setembro de 2007 no Capão Redondo, que faz um contraste à Semana de Arte Moderna de 22, movimento da classe média e da burguesia paulistas.
Escolhi esse texto por ele ser um exemplo de como os estudantes de periferia podem lidar com a questão da arte e, no nosso caso, como o Grêmio deve compreender a produção artística numa escola que acolhe grande parte do pessoal de uma das regiões mais pobres de São Paulo: o Extremo Sul. E esse texto tem muito a nos ensinar sobre arte, periferia, liberdade e principalmente sobre a vida.

Boa Leitura!

"Sergio Vaz: Manifesto da Antropofagia periférica"

"A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor. Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.

A favor de um subúrbio que clama por arte e cultura, e universidade para a diversidade. Agogôs e tamborins acompanhados de violinos, só depois da aula.

Contra a arte patrocinada pelos que corrompem a liberdade de opção. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico, a emoção e a sensibilidade que nasce da múltipla escolha.

A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

A favor do batuque da cozinha que nasce na cozinha e sinhá não quer. Da poesia periférica que brota na porta do bar. Do teatro que não vem do “ter ou não ter...”. Do cinema real que transmite ilusão. Das Artes Plásticas, que, de concreto, quer substituir os barracos de madeiras. Da Dança que desafoga no lago dos cisnes. Da Música que não embala os adormecidos. Da Literatura das ruas despertando nas calçadas.

A Periferia unida, no centro de todas as coisas.

Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais das quais a arte vigente não fala.

Contra o artista surdo-mudo e a letra que não fala.


É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão. Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de oportunidades. Um artista a serviço da comunidade, do país. Que armado da verdade, por si só exercita a revolução.


Contra a arte domingueira que defeca em nossa sala e nos hipnotiza no colo da poltrona. Contra a barbárie que é a falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros e espaços para o acesso à produção cultural. Contra reis e rainhas do castelo globalizado e quadril avantajado. Contra o capital que ignora o interior a favor do exterior. Miami pra eles ? “Me ame pra nós!”. Contra os carrascos e as vítimas do sistema. Contra os covardes e eruditos de aquário. Contra o artista serviçal escravo da vaidade. Contra os vampiros das verbas públicas e arte privada. A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

Por uma Periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor.

É TUDO NOSSO! "


vermelho.org.br

Site Oficial do poeta Sérgio Vaz:
otaboanense.com.br/poetasergiovaz

terça-feira, 3 de março de 2009

O fascismo de Elaine Feitosa

A atual situação da educação a nível nacional está um caos. Professores mal remunerados, alunos desinteressados, governos ditatoriais e diretores autoritários dominam esse cenário apocalíptico. Não é diferente na E.E. Prof. José Vieira de Moraes. Depois de sermos atacados pelo governo fascista de José Serra e sua secretária Maria Helena Guimarães de Castro, vimos a ascensão de uma diretora carrasca e mandona dentro da nossa própria escola. A repressão desceu do alto escalão do governo e chegou até a nossa humilde escola do Rio Bonito, bairro da Zona Sul de São Paulo.
A necessidade de um grêmio que possa organizar a resistência dos estudantes se mostra urgente. A cada dia Elaine Feitosa (uma espécie de Hitler no Vieira) mostra seu lado autoritário ao tomar decisões de cima para baixo, sem consultar a ninguém e tirar dos alunos e professores a única coisa que ainda lhes restava: a liberdade.
Os alunos se vêem acorrentados e sem forças para reagir. É inadiável a formação de um grêmio que encorpore a revolta que toma de conta dos alunos. Não se pode, desta forma, conceber um grêmio que centralize as atividades e decisões que precisam da participação de todos. É importante o caráter democrático e participativo do grêmio para que este possa cumprir sua tarefa de libertação dos estudantes.
Com empenho e coragem, nós, estudantes do José Vieira, conseguiremos romper as correntes que nos prendem e até, quem sabe, transformar essa escola antiquada e dominadora em algo novo e que ao invés de nos prender nos liberte!

Mais que um grêmio livre. O que nós queremos de verdade é uma escola livre!

EXIGÊNCIAS DOS ESTUDANTES DO VIEIRA

*Tolerância de pelo menos 10 min no horário da entrada. Basta de ser proibido de entrar na escola porque chegou atrasado!
*Permissão de entrada na 2° aula para o noturno. É inadmissível que a juventude trabalhadora não tenham acesso à educação!
*Arte e esporte livres na escola! Não faz sentido proibir a entrada de instrumentos musicais e artigos esportivos na escola!
*Teatro e Biblioteca aberta aos estudantes permanentemente! Não podemos aceitar que espaços culturais sejam usados como depósitos de lixo!

*A ida ao banheiro é uma necessidade do aluno, não pode ser privilégio da diretora!
*Aluno doente deve ser prioridade para a direção. Chega de ficar preenchendo documentos "mais importantes"!