Todos notam os lirismos poéticos...
Conscientemente ou não.
Talvez na mente, no coração,
Sejam loucos ou céticos.
Mas existem lirismos ocultos,
Lirismos que quase ninguém nota.
Talvez o lirismo simples. Anota,
Ou responde, sobre estes vultos:
Quem nota o lirismo da criança
Na avenida, na calçada, na rua,
Debaixo do Sol ou da Lua,
Vendendo ou vendendo-se com esperança?
Quem nota o lirismo desta esperança,
De brincar e de viver com calma,
De ter limpa e livre a alma
Doce e bela de uma criança?
Quem nota o lirismo de alguém
Que deveria ter um futuro,
Um do tipo mais seguro,
Mas não tem nada nem ninguém?
Quem nota o lirismo da flor
Que murchou em vão,
Sem nenhum perdão,
Perdida no concreto sem calor?
Quem nota o lirismo da fome
Senão quem a sente,
Quem, para matá-la, segue em frente
E não se consome?
Quem nota o lirismo da tragédia?
A televisão não transmite a dor.
A televisão não sente amor
E todos se importam mais com a comédia.
Quem nota, além dos pobres,
O lirismo da pobreza?
Tenha toda a certeza:
Não é nem a realeza, e nem são os nobres.
Quem nota este lirismo triste,
Esta poesia abalada e corajosa,
É quem tem a alma chorosa
E mesmo na escuridão, ainda resiste.
Elvio Fernandes - 2008
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Há 7 anos
3 comentários:
Parabéns pelo poema!!! É criativo, jovial, perspicaz, maduro, engajado e verdadeiro!!!
aeee ótimo poema, ficou muito bom grande elvio
abração irmão!!
ADOREI A ATITUDE E A PERSERVERANÇA DE VCS FRENTE ÁS QUESTÕES QUE LHES AFLIGIAM, MAS EU LI SEU BLOG INTEIRO E GOSTARIA DE SABER...O QUE ACONTECEU APÓS A REUNIÃO NA SE COM O SECRETARIO, OU AINDA NÃO HOUVE REUNIÃO?- CONTINUEM ESSA LUTA!!
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