quarta-feira, 25 de novembro de 2009

É tarde demais para desistir!

(continuação) ...Assim fomos para a sala 15 para iniciar a reunião...

Reunião
Na sala 15 organizamos as cadeiras em cículo e sentamos, esperando pela diretora para começarmos a reunião. Com a sua chegada, deu-se início à reunião. Quem começou falando, explicando os motivos dos protestos foram os alunos, que passaram todo o histórico de mobilizações já realizadas, as tentativas de diálogos, as promessas não cumpridas etc. Seguiu-se ao relato dos alunos o relato dos pais, que fizeram denúncias aos deputados da Comissão de Direitos Humanos e ao dirigente Samuel, de casos de agressões a alunos na porta da escola, casos de ameaças, constrangimentos, o já conhecido caso da aluna que fez suas necessidades em sala de aula porque a diretora não permitiu sua ida ao banheiro, entre outros absurdos cometidos sob esta gestão. Logo após, foram ouvidos os representantes do sindicato, que engrossaram as denúncias com um caso de desrespeito à liberdade sindical, quando a Sra. Diretora os expulsou da escola por estarem "criando problemas para ela". Quem continuou as denúncias foram os professores, com o relato da polêmica atribuição de aulas feita no início do ano, que foi feita de forma arbitrária e autoritária por parte da diretora. Contou-se ainda o caso das faltas injustificadas distribuidas para os professores sem motivo algum.
Depois que todos falaram, foi a vez da diretora expor sua defesa.
Ela argumentou que o caso da professora que conseguiu na Justiça a anulação de todas as faltas injustificadas já havia sido resolvido, e que desde a decisão Judicial ela não levou mais nenhuma falta e todas as faltas anteriores foram anuladas depois de alguns dias da sentença, ao que os professores contestaram, dizendo que ela continuava a receber faltas e que queriam ver os documentos que provassem o contrário.
Logo após ela prosseguiu, afirmando que quanto a ela ter proibido a entrada do sindicato na escola se devia ao fato de eles terem atrapalhado o horário de aulas, e não terem pedido permissão para entrar. O sindicato reagiu, afirmando que eles não haviam atrapalhado o horário de aulas, já que haviam entrado no horário do intervalo, e que haviam comunicado sim à direção que estavam entrando, ao que esta reagiu gritando para que se retirassem e ficassem quietos.
Ela também tocou na questão do Conselho, que ela é acusada de desrespeitar e passar por cima das decisões tomadas ali. Segundo ela, o Conselho só é soberano até o ponto em que respeita a lei, mas que quando ela, a juíza suprema da lei, vê que há alguma ilegalidade, ela intervêm e passa por cima das decisões, para "inibir que o Conselho cometa atos ilegais". Mas quando ela foi questionada se ela também podia realizar reuniões sem o quórum necessário (quantidade de pessoas mínimo para a realização de uma reunião de Conselho) e depois coagir os membros a assinarem a Ata, ela não se pronunciou, dizendo apenas que "ninguém era obrigado a assinar a Ata, assinou porque quis".
Outra pergunta que ficou sem resposta foi o porquê de ela ter engavetado o projeto de Grêmio. A única resposta obtida foi a de que "não havia chegado à mesa dela". Mas o projeto foi entregue para a Direção, e temos provas e testemunhas disso, agora, se não chegou à mesa dela, isso só mostra a incompetência da atual gestora em dirigir uma escola do porte do José Vieira.
O deputado estadual Adriano Diogo (PT/SP) sugeriu à diretora e ao dirigente que ela se afastasse, "pelo bem da escola e dela mesmo, pois assim ela poderia adquirir mais experiência, e tempo, para assumir a direção de uma escola com a grandeza que o Vieira tem e para resolver o conflito que se instalou nesta escola". O deputado ainda parabenizou os alunos pela mobilização e se disse sentir há "40 anos atrás", quando, segundo ele, "havia o movimento estudantil de verdade", do qual ele participou.
Em seguida foi a vez da Assesoria do dep. estadual Raul Marcelo (PSOL/SP) intimar a diretora: "A Sra. não o direito de proibir a organização do Grêmio nessa escola. Porque se o movimento estudantil quiser ele pode meter o pé em qualquer porta dessas aqui e declarar que aqui há um Grêmio, e a Sra. não pode fazer nada, a não ser acatar a decisão dos alunos e respeitá-los", e convocou os alunos a organizar o Grêmio ainda este ano.
O dep. José Cândido (PT/SP) foi o último a dar o seu parecer e disse apoiar o afastamento da diretora como "forma de administrar o conflito".
O último a falar foi o Dirigente de Ensino da região Sul-3, o Sr. Samuel Alves dos Santos. Segundo o dirigente, o afastamento da diretora não compete a ele, mas somente ao Secretário da Educação. Mas segundo ele, a Delegacia de Ensino se encaminhará de levar todas as nossas denúncias à Cogesp, e que esta, junto à Secretaria da Educação decidiria pelo afastamento ou não da diretora. O que o dirigente fez, na realidade, foi lavar as mãos quanto à diretora, ao que pareceu, ele se cansou de tanto protegê-la, tanto que chegou a dizer que "já conversou com ela mas ela não ouve".
Bem, nossa reunião foi um sucesso, saímos vitoriosos dela. Mas não podemos baixar a guarda agora, pois apesar dessa vitória, ainda não conseguimos o que queremos de fato: O AFASTAMENTO IMEDIATO DA DIRETORA ELAINE FEITOSA DO CARGO!
Portanto, nesta quinta-feira, dia 26 de novembro, nós vamos até a SE pedir uma reunião com o Secretário da Educação, o Sr. Paulo Renato, para pedirmos que ele tome a decisão de afastá-la do cargo o mais rápido possível. Por isso pessoal, precisamos que todos compareçam neste ato para que o Paulo Renato nos ouça. Lá nós vamos contar com o apoio dos professores de todo o Estado que estarão presentes na Assembléia da APEOESP, do movimento estudantil e de outras escolas que vão estar lá!
Vamos à luta galera!
Se já chegamos até aqui é porque fizemos por merecer!
O nosso movimento mostra cada dia mais força para, quando chegar a hora, concretizar o grito que está entalado na garganta desde o início do ano: FORA FEITOSA!!
Até a vitória companheiros!!!

...O mundo dá voltas...

24/11
Estava marcado para realizarmos uma passeata até a DE da Sul-3. O combinado era todos ficarem do lado de fora e iniciarmos a passeata às 8h. Quando chegamos à escola, às 7h, todos haviam entrado e somente alguns pouquíssimos alunos estavam lá fora para realizar a passeata. O clima geral foi de decepção e de derrota.
Por volta das 8h o pessoal do sindicato chega e resolve que devemos realizar uma reunião para decidirmos o que fazer com aquele número reduzido de pessoas. Durante a reunião chegam os deputados que haviam sido convidados por nós para participar do nosso ato. Aproveitando a ocasião da chegada dos deputados, tentamos realizar uma reunião junto com a diretora, para que os deputados pudessem se inteirar melhor do caso e nos ajudasse. Mas a tentativa foi frustrada, pois a Diretora se negou a conversar com os deputados por estar "muito ocupada". Tendo visto essa atitude um deputado chegou a comentar: "nem nas cadeias onde visitei fui tratado dessa forma".
Isso ocorreu por volta das 10h já. Nesse momento, chegou o carro de som que nos acompanharia na passeata, decidimos fazer o uso dele ali mesmo, para pressionar a Direção a nos atender. Visto que nada seria feito, começamos a pedir aos alunos que descessem para o pátio e protestassem, pra que ela nos ouvisse. Pedimos também para que tentassem sair para que engrossasse o movimento nas ruas. Pouco depois que isso foi dito no carro de som houve a abertura dos portões e os alunos começaram a sair em grandes grupos. Alguns continuaram dentro da escola porque a diretora os trancou no prédio para que não descessem para o pátio e, assim, saíssem para protestar. Alguns alunos, sabendo que isto ocorria na escola, entraram e exigiram que os portões fossem abertos para que os alunos pudessem decidir sobre o que desejavam fazer. Depois de muita discussão conseguimos que os portões fossem abertos e os alunos liberados.
Com a abertura do portão, a Sra. Diretora me chamou para conversar na sala dela. Fui e chamei mais alguns colegas para que houvesse testemunhas em caso de repressão ou ameaça. Mas daquela vez não foi preciso, a Feitosa foi extremamente educada conosco (coisa que não via há tempos) e nos perguntou porquê potestávamos. Explicamos que desde o início do ano tentamos várias vezes dialogar com a direção sobre diversas decisões tomadas por parte dela e que ela nunca nos ouviu ou acatou nossa opinião, e que por isso a nossa luta não era mais para estabelecer um diálogo (já que este não funcionava), mas se tratava agora de pedir o afastamento dela da Direção da Escola.
Enquanto isso, nas ruas ficaram sabendo que a diretora havia nos chamado para a sala dela. Daí acharam que ela estava nos ameaçando ou coagindo e entraram na escola exigindo que fossemos "soltos". Mas eu saí e acalmei os ânimos, avisando que estávamos apenas conversando.
Propus à diretora que fosse feita uma reunião com uma comissão composta de pais, alunos professores, sindicato, deputados, enfim, todos os envolvidos no movimento, e o Sr. Samuel (dirigente de ensino), a Hágda
(supervisora) e ela. Ela aceitou e disse que o Samuel já estava a caminho. Saímos da sala dela e fomos contar o que havia sido decidido para todo o movimento. Voltamos para a rua e continuamos o ato, dessa vez procurando formar as comissões para a reunião.
Formadas as comissões entramos na escola e fomos para a reunião. Vale lembrar que quem controlava a entrada da escola já não eram os funcionários, mas sim a polícia! Polícia essaque proibiu a entrada de um reportér de jornal local, e que nos separava em "pares", como na Arca de Noé, e nos organizava em fila, como num quartel, para que "não houvesse bagunça".

Assim fomos para a sala 15 para iniciar a reunião... (continua...)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Deu na imprensa...

Bem pessoal, resolvi utilizar esse espaço para compilar tudo o que saiu na imprensa até agora sobre a manifestação que realizamos no dia 13/11, sexta-feira.
O primeiro local que publicou foi o Portal Terra (13/11):

Noticias Terra - estudantes protestam e criticam diretora em SP

Logo após, saiu no jornal Agora (14/11), que vou tentar escanear para publicar aqui.

Depois, saiu no PassaPalavra (17/11):

Protestos na Escola Estadual José Vieira de Morais

E novamente no PassaPalavra (18/11):

Escola Estadual Vieira de Moraes: Alunos e professores se unem contra arbitrariedade de diretora

Por enquanto é isso, quando souber de mais coisas publicarei aqui.
E por favor, se alguém encontrar mais alguma reportagem, me avise!

Muito Obrigado!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sobre o boicote

Bem pessoal, o boicote foi vitorioso na nossa escola: quase metade dos alunos não foram e os que foram, grande parte entregaram a prova em branco. Graças à movimentação que fizemos no horário da entrada, com distribuição de panfletos e palavras de ordem contra o Saresp, a Sra. Diretora voltou atrás na idéia de tirar 1,4 ponto do provão e transferir ao Saresp, ou seja, quem não fizesse o Saresp seria punido na sua média. Então agora ficou assim:
- O provão volta a valer 5,0 pontos.
- Quem fizer o Saresp terá um acréscimo de 1,0 ponto na média.

Logo, quem não fizer o Saresp não será prejudicado, e quem estiver precisando de nota será beneficiado. Portanto aqui vai o recado, amanhã faz a prova quem quiser, o boicote não é mais necessário à nossa luta nesse momento.
O nosso objetivo principal nós conseguimos - explicar aos alunos que as políticas de bônus do Saresp é prejudicial à educação - e o boicote era importante para que o Saresp seja como manda a determinação do Governo: OPCIONAL.
Alguns vão se perguntar, mas então porque tudo isso?
E respondo dizendo:
1° - aquele que nos apoiou no boicote mesmo precisando de nota vai ter mais confiança no movimento porque ele procurou sempre ajudar os alunos (se antes eram apenas 10,0 pontos para esse bimestre, agora são 11,0 , uma ajuda e tanto para quem precisa de ponto);
2° - aquele que não nos apoiou no boicote também sairá beneficiado e passará a dar um apoio importante ao movimento;
3° - no ato de boicote ao Saresp, em frente ao Metrô Tiradentes, conseguimos articular nossa luta com as de outras escolas, e recebemos o apoio das Etecs e do movimento estudantil.
4° - neste mesmo ato engajamos, junto ao movimento estudantil, na luta de construir um boicote geral, unindo todas as escolas do Estado, contra o Saresp para o ano que vem.

Por último explico agora o nosso posicionamento.
Vimos que, no âmbito de mudança do sistema educacional, o boicote isolado do Vieira e das Etecs era improdutivo. Mas vimos também que ele foi favorável à nossa luta no âmbito da nossa escola.
O Saresp é uma política anti-educacional, mas o seu boicote como forma de mudar o sistema só pode ser eficiente na medida em que todo o Estado participe.
Porém, o nosso "boicote parcial" foi importante para conseguir mais apoio para o movimento!
Por isso, gostaria de lembrar a todos: AMANHÃ FAZ QUEM QUISER!

Obrigado a todos os que boicotaram!
Sem vocês não seria possível conquistar essas vitórias!

domingo, 15 de novembro de 2009

Opinião e Debates: O Boicote ao Saresp é favorável á nossa luta?

SIM

Pessoal, esta semana tem Saresp e nós, alunos da E.E. Prof. José Vieira de Moares, estamos chamando todos vocês, tanto da nossa quanto de outras escolas, a BOICOTAR O SARESP!
Os motivos que nos levaram a tomar essa decisão (aprovada em Assembléia realizada no protesto que houve na frente da escola à noite) são os seguintes:

-O Saresp é uma prova aplicada "de fora" do processo educativo, portanto não leva em consideração a relação aluno-professor estabelecida na sala de aula, e nem as condições de aprendizado do aluno.

-A política de bonificação do Saresp é extremamente prejudicial à educação visto que as escolas com melhor desempenho (e portanto as que podem dar mais ÍNDICES PARA O GOVERNO) recebem o bônus, enquanto as com pior desempenho (geralmente as das regiões mais pobres do Estado) não recebem nada, ou seja, são abandonadas pelo Poder Público, que bonifica as escolas das regiões centrais principalmente, e punem as escolas da periferia.

-O único interessado no Saresp é o governo, que pretende mostrar com o Saresp "como a educação melhorou".

O boicote ao Saresp é importante para ampliar o leque de reivindicações e mostrar que não é só tirar a diretora, é transformar a educação como um todo e construir um novo modelo de escola, não mais opressora, não mais dominadora, mas uma escola que nos liberte e construa o novo homem e a nova sociedade!
Portanto pessoal, terça/quarta/quinta BOICOTE GERAL!
NINGUÉM FAZ O SARESP!
CHEGA DE NÚMEROS QUE NÃO DIZEM NADA!
REVOLUÇÃO EDUCACIONAL JÁ!

NÃO

Sou o professor Jair e gostaria de expressar minha opinião em relação ao boicote proposto ao SARESP. A minha posição e a de outros professores é ser contra o boicote e direi o porquê abaixo. Peço que antes de se revoltarem leiam as minhas justificativas e considerações:

a.) Muitos de nós professores (quase todos eu diria) é contra a política de bônus e outras políticas propostas. Questões como avaliações exteriores, apostilas do Governo e outras são polêmicas e o grupo de professores fica bastante dividido quanto a elas.
b.) Apesar disso precisamos nos lembrar do foco principal de toda essa mobilização, que é a defesa de gestão democrática de ensino, contra o autoritarismo e pelo diálogo, respeito e democracia como forma se resolver os problemas cotidianos da escola. Abraçar outras lutas nesse momento pode parecer importante para muitos, mas causa mais controvérsia e mais divisão.

c.) As justificativas que estão aparecendo contra esse movimento afirmam que um grupo de professores está manipulando os alunos para que eles se revoltem contra a direção, o que nós sabemos que é absurdo, pois é chamar os alunos de idiotas e os professores de super poderosos. Mas é uma forma de se dar uma resposta aos questionamentos à comunidade.

d.) Se ocorrer o boicote a nota do José Vieira vai cair as autoridades competentes vão querer saber o porquê da queda e do boicote, e o Secretário da Educação não vai ligar para a casa da professora fulana, ou do aluno ciclano ou de quem quer que seja para saber a razão disso. Vão cobrar o Dirigente, que cobrará a DIretora por uma resposta, e adivinha que resposta aparecerá? Que esse grupo de professores induziu os alunos a boicotarem o SARESP. Isso explicaria a queda para as autoridades e daria uma chance de ouro para que se responsabilize alguns professores e alguns alunos por incitarem os outros contra uma prova que não foi criada pela Diretora, e sim pelo governo. Ou seja, ao invés da luta pela democracia na escola estaremos comprando briga com o Governo do Estado. Muitos podem achar que é assim mesmo, que devemos ir para a luta e marcar nossa opinião, mas quem atira para todo lado tem mais chance de não acertar alvo nenhum.

e.) Respeito a opinião de quem optar pelo boicote, mas mesmo que uma minoria opte por ele, isso já seria usado como exemplo de que alguém, ou alunos ou professores, estão tentando manipular os demais.

f.) Essa história de manipular um ou outro é controversa. Estamos aqui, por exemplo, fazendo um debate, houve um ponto de vista e agora apresento outro. Respeitosamente cada um expõe o seu ponto de vista e pensa nos argumentos do outro para se posicionar contra ou a favor. E ao tomar posição, foi influenciado por essa ideia. Isso não é ruim, é a ordem natural das coisas, mas alguém pode dizer que isso é manipulação...

Enfim, SOU CONTRA O BOICOTE AO SARESP. Sei que muita gente vai ficar chateada comigo, mas peço que pensem nos argumentos apresentados.

Atenciosamente, e orgulhoso da participação de todos vocês nesse debate,


Jair.

Bem pessoal, vamos discutir isso, vamos pensar bem sobre isso pois é muito importante à luta por um ensino melhor. Portanto gostaria que vocês repassassem esse artigo para todas as pessoas da sua lista de contatos e comentem aqui no blog: o que você acha? Devemos boicotar ou não o Saresp?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Usam a lei contra nós? Usemos contra ela!

Continuando o artigo sobre as leis, vou passar agora para as leis que nós podemos usar contra ela.
Cabe portanto uma pergunta, ela pagou as impressões dos documentos com o próprio dinheiro?
Se assim não for ela deveria ler esse artigo da lei que ela se utiliza:

"Artigo 241 - São deveres do funcionário:
......
IX - zelar pela economia do material do Estado e pela conservação do que for confiado à sua guarda ou utilização;

Artigo 242 - Ao funcionário é proibido:
.....
VIII - empregar material do serviço público em serviço particular."

Quanto ao inciso IX do Art. 241, estão inclusos aí as paredes pichadas, que até o momento os pichadores não foram punidos e nem a pichação apagada...

Portanto ela que pague por tudo isso!

"Artigo 245 - O funcionário é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa, devidamente apurados"

Ela que pague as folhinhas entregues aos alunos hoje, não o contribuinte!
E que pague também, os chazinhos e as bolachinhas entregues aos pais no dia da Reunião do 2° bimestre!
O povo não é obrigado a sustentar chantagens dos funcionários públicos para serem vistos como bonzinhos.

Vamos derrotar ela na batalha das idéias! Pois essa é a mais difícil e a mais importante batalha!

E amanhã é dia de derrotar ela nas ruas!
Vamos todos ao protesto de amanhã!

FORA FEITOSA!

Mais uma vez a história das leis...

Mais uma vez a Senhora Diretora vem com essa história de leis para tentar nos intimidar na nossa justa manifestação.
Portanto, mais uma vez irei esclarecer sobre essas leis...
No documento entregue hoje pela Diretora endereçado aos pais e à comunidade ela usa de várias leis pois sabe que conhecimento das leis impressiona e intimida as pessoas.
Mas o desconhecimento (ou finge não conhecer?) das leis também causa reações em quem lê: o riso.

Já no final da carta, ela diz:
"É dever do funcionário público ser assiduo e pontual, cumprir as ordens superiores, conforme o artigo 241, incisos I e II, do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado, Lei n° 10.261/68"

Pois vamos aos artigos no original.

"Artigo 241 - São deveres do funcionário:

I - ser assíduo e pontual;
II - cumprir as ordens superiores, representando quando forem manifestamente ilegais;"

Atenção para a parte em negrito, que a Sra. Diretora omitiu. Ela diz o principal. Diz que se o seu superior der ordens que não estejam em conformidade com a lei, você deve fazer uma representação sobre o caso. Isso já foi feito em diversas vezes na D.E., na Ouvidoria do Estado etc.

Depois ela prossegue:
"É proibido ao funcionário promover manifestações de apreço ou desapreço dentro da repartição, referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou pela imprensa, ou qualquer meio de divulgação, as autoridades constituidas, conforme artigo 242, incisos I e VI, Lei 10.261/68"

Quanto a esta lei, já foi comentado neste mesmo blog sobre a sua alteração recente pelo Governador José Serra - Deputados derrubam Lei da Mordaça:

"Artigo 2º - Fica revogado o inciso I do artigo 242 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado."

E a Diretora termina esplendorosamente: "É proibido ao funcionário praticar atos de sabotagem contra o serviço público, conforme artigo 243, inciso VII, Lei 10.261/68"

O inciso citado tinha redação assim:
"VII - incitar greves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabotagem contra o serviço público;"

Mas quem faz um esforço pra ler a Constituição vê que:
"Art. 37
....
VII - O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei especifica"

A lei específica a que a Constituição se refere é esta:

"Lei 7.783/89:
Art. 2 - Para os fins desta Lei, considera-se legítimo o exercício do direito de greve (...)
art. Art. 6 - São assegurados aos grevistas dentre outros direitos:
I - o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve"

Portanto , só com essa Lei, dois argumentos dela vão por água a baixo, quando ela disse que é proibido sabotar o serviço público e quando ela diz que os professores estão incitanto outros professores a se manifestarem. Ora, qual o problema disso? Eles só estão exercendo os seus direitos!
Aliás, vale lembrar, essa Lei que ela usou pra fazer essas argumentações é de um período onde as liberdades eram cerceadas: a Ditadura Militar. Bem a cara dela não é?

Bem, não preciso nem comentar as outras mentiras contidas no documento, tais como a de que os professores não estão ministrando as aulas há tempos.

Só mais uma observação:
Ela diz que a verba para as pichações virá no final do ano. A das cartinhas inúteis já foi liberada Senhora Diretora? Interessante, para quem alegava que faltava tinta para imprimir o provão, 3 mil cópias é muito não?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

É preciso resistir!

Bem, estamos quase no final do ano já, então creio que já passou da hora de fazermos um balanço sobre o que representou os protestos do dia 10 de março. Precisamos compreender por quê perdemos a batalha e em que condições essa derrota se deu.
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O primeiro ponto que eu quero levantar é: o 10 de março deste ano foi uma data histórica da nossa escola e, mais importante, única. Histórica porque foi o dia em que os alunos manifestaram sua insatisfação frente a uma direção autoritária e desumana. Única porque deu aos alunos o sentimento de que eles podiam mudar a escola, que o destino da escola estava nas nossas mãos, seja para o bem ou para o mal (embora infelizmente o segundo esteja prevalecendo). Cabe portanto perguntar: se estávamos insatisfeitos com a direção e já haviamos feito uma tentativa de mudar os rumos da escola, POR QUE FRACASSAMOS?
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Para respondermos isso precisamos compreender em que condições tudo isso se deu. E as condições eram extremamente desfavoráveis para nós por dois motivos:
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1°- Não havia naquele momento nenhum movimento organizado por parte dos alunos para dar um caminho aos protestos. Tudo foi feito de uma hora para a outra, e não tivemos tempo de planejar direito o que fazer, apesar dos esforços de muitos companheiros que perdiam dias e noites na tentativa de organizar os alunos. Resumidamente, NÃO HAVIA UMA VANGUARDA REVOLUCIONARIA QUE GUIASSE O PROCESSO, NEM MASSAS ORGANIZADAS PARA A LUTA.
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2°- Pelo fato de não termos uma liderança e organização nós também não tinhamos um "rumo" definido. Não tinhamos um PROGRAMA de mudanças. Tinhamos um amontoado de reivindicações, mas nada de caráter programático, que expressasse nossos desejos mais amplos.
Esses foram, na minha opinião o motivo de não termos alcançado o ponto que desejávamos
Mas precisamos contar também onde acertamos e no que saímos vitoriosos.
Creio que nosso principal acerto foi não ter cedido uma linha do que queríamos, e o principal, LUTAR PELO QUE QUERÍAMOS.
E por isso tivemos algumas vitórias, poucas mas decisivas.
A principal que eu gostaria de destacar foi o Conselho, que tem, entre seus cinco membros efetivos¹, três das lideranças dos protestos, que somados totalizam mais de mil votos, ou seja, mais da metade da escola.
Isso é extremamente importante pois dá o "caldo subversivo" que faltava ao Conselho. E dentre todas as conquistas creio que a mais importante se deu na luta pela entrada na 2° aula para o noturno, da qual o Conselho foi quase unânime no seu apoio. Portanto, dizer que "não adiantou de nada" é desmerecer a luta de vários companheiros que arriscaram até suas matrículas² para mudar a escola.
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Depois de pensar onde erramos, onde acertamos, e entender o porquê de tudo isso, temos que saber o que fazer de agora em diante. Desistir acho que não é a melhor alternativa depois de tanta luta, ou então tudo estará jogado no lixo e aceitaremos passivamente a barbárie. Ou então começaremos do começo novamente, corrigindo todos os nossos erros anteriores para que não aconteçam novamente, e seguiremos rumo à vitória para mudar o nosso esquecido e abandonado José Vieira de Moraes!
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Hasta la victória siempre!³ Che Guevara
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¹ Cinco membros efetivos que representam os alunos, não contando é claro professores, funcionários e pais.
² Leia sobre esse fato aqui no blog: 28/05/09 - "O Dia"
³ "Até a vitória, sempre!"

sábado, 24 de outubro de 2009

Meu sonho pra todos nós, irmãos!

Era isso que eu queria pra nós, aqueles momentos de nostalgia que nos fazem sofrer, enquanto escapamos dessa realidade monótona em que vivemos, para depois de toda reflexão penosa sobre nossos seres, unidos, acreditarmos numa realidade melhor!

Era isso, e sempre foi! Esse escapismo maldito de sofrimento que nós buscamos nos nossos tempos de loucura, procurando aqueles tempos em que a inocência fazia tudo valer a pena e a maturidade ainda era totalmente nada pra nós, para depois, unidos, gritarmos: “SIM, EU VIVI MUITA COISA PRA DESISTIR AGORA, PORRA!”.

Era isso, e sempre será! Aqueles momentos de união memorial que nos faz escapar da vida pública, do cotidiano maldito que nos esfrega humilhantemente na cara da humanidade, fazendo-nos viver a realidade de merda planejada pra todos nós...

É isso que eu quero até o eterno! A quebra dessa realidade, o abandono, o foda-se de um simples momento de vida nos nossos sonhos, nas realidades que nós sempre quisemos uma para o outro, naquela realidade em que nós poderíamos viver o “sempre que quiséssemos” até o infinito de todas as eras!

É isso que eu desejo! A quebra desse ceticismo monstruoso que nos afasta da espontaneidade de toda nossa alma, esse ceticismo monstruoso que desacelera nossos batimentos cardíacos, que não nos deixa viver a poesia que sempre desejamos recitar aos milhões de ventos para que chegassem ao ouvido de todas as pessoas!

É o que eu quero, junto de vocês, edificar! O sonho realizado, todos os mitos das aventuras de nossas vidas homenageado por nós mesmos, exclamemos com orgulho nossos feitos simples, complexos, espontâneos! Aqueles sem pensar nem uma vez antes de fazer, aquele simples momento que fez tudo valer o que nunca valia nada!

É isso que eu sempre sonhei! Nossa união fazendo força, quebrando todos esses dogmas que nos foram impostos e gritar: VAI PRA CASA DO CARALHO, PORRA! Pra todas essas mentiras que nos fazem viver fora das vidas que sempre quisemos viver em união!

Poemas de Marcelo Macêdo Alves

Nasceu em 1988, em Brasília. Viveu lá até os 4 anos, quando se mudou com a família para Fortaleza e lá ficou por 3 anos. Retornou para Brasília onde concluiu os estudos na rede pública de ensino, formando-se aos 16 anos.
Aos 19, entra na Universidade de Brasília onde cursa Desenho Industrial.
Começou na poesia com a vontade de escrever músicas (aliás, é um puta dum batera). Durante o processo de criação, buscou desenvolver o vocabulário ao mesmo tempo em que procurava expressar o que tinha preso na garganta.

Influências: Mário Quintana e Augusto dos Anjos.

"Embora esses dois poetas não tenham nada a ver um com o outro, quando escrevo, deixo as influências fluírem naturalmente." - Explica.

"Poesia pra mim começa no sentimento. Normalmente, isso se traduz na primeira e na última frase" - Conclui o poeta

"Retrocesso"

Estou cansado
Do discurso partidário
Mas o mundo me chama
Para compor seu cenário

Eu faço história
Com meus versos e atos
Mesmo que ainda me falte
O complemento do hiato

Observo a escória
E a distorção atômica me invade
Lhe falta glória
Na crítica da humanidade

E vou seguindo
Com pressa sem pensar
No escuro caindo
Das loucuras de socializar

Meus sentidos eu treino
Meus olhos perfuro
Nos meus ouvidos eu reino
No mais, apenas o que me resta
Um sentimento obscuro


"Poesia Concreta"

Liberdade,
Ideologia fundada no primórdio,
Beirando à loucura,
Estrada sem fim.
Resquício do desejo fundamental da vida,
Dado inexato, inalcançálvel.
Alcova dos homens,
Direito da morte.
Essência.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Capitalismo em números...

-A renda dos 500 indivíduos mais ricos do mundo é superior à renda dos 416 milhões mais pobres.
-Em 1990, um norte-americano ganhava em média 38 vezes mais que um tanzano (hab. da Tanzânia, país africano com um dos piores índices de desenvolvimento humano), hoje ganha 61 vezes mais.
- A renda percapita da África corresponde a 5% da renda percapita norte-americana.
- Nos países ricos, de cada 1000 pessoas, 553 possuem telefone e 332 têm internet. Na África, esse número se reduz para 15 pessoas que possuem telefone e 8 que têm internet, a cada mil. E na América Latina, de cada mil pessoas só 49 têm internet.
- Em 1960, a riqueza produzida pelos países ricos era 54 vezes maior que a produzida pelos paises pobres. Atualmente os ricos têm o PIB 121 vezes maior do que o PIB dos paises pobres.
- 55% da humanidade vive com menos de US$ 2 (dois dólares) por dia. Ou seja, aproximadamente R$ 4 por dia, ou R$ 120 por mês.
- 1 bilhão de pessoas passam fome.
- 5 milhões de crianças morrem de fome todos os anos
- A cada 3,6 segundos morre uma pessoa por consequência da fome, o que dá um total de 25.000 mortos por dia e 9.125.000 por ano (isso é mais do que o número de judeus mortos no holocausto, 6.000.000)
- 6.000 morrem por falta de água todos os dias, um a cada 15 segundos.
- A Unesco registra mais de 860 milhões de analfabetos.
- A OIT (Organização Internacional do Trabalho) diz que há 874 milhões de trabalhadores com contratos precários e salários miseráveis. Sendo 27 milhões destes sob regime de escravidão.
- 200 milhões de crianças são expostas ao trabalho. Destas, 90% (180 milhões) estão em atividades como a prostituição, tráfico de armas, tráfico de drogas e conflitos armados.

Resumidamente, isso é o capitalismo. Gostou?


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Deputados derrubam “Lei da Mordaça”

Em fevereiro, o governador José Serra havia vetado projeto idêntico de autoria de Roberto Felício. Lei era um dos entulhos da ditadura.

Os deputados aprovaram na noite de terça-feira, 8, o Projeto de Lei Complementar 1/2009, de autoria do governador, extinguindo a chamada “Lei da Mordaça”, instituída em 1968, durante a ditadura militar, que impedia servidores estaduais (professores, médicos, policiais, advogados etc) de dar entrevistas ou criticar autoridades ou seus atos. O PLC revoga o inciso I do artigo 242 da Lei 10261, de 1968 (Estatuto do Servidor Público do Estado de São Paulo).

A Assembleia Legislativa já havia aprovado, no ano passado, um PLC do mesmo teor, de autoria do deputado Roberto Felício (PT). Também tramitava, na época, projeto com mesmo teor de autoria do deputado Carlos Gianazzi (PSOL). Por serem professores, ambos parlamentares juntaram esforços para derrubar a Lei da Mordaça, através de acordo que levou à aprovação do projeto de Roberto Felício. Em fevereiro deste ano, o PLC recebeu o veto do governador José Serra. Em seguida, o governador encaminhou ao Legislativo projeto de sua autoria.

Para o deputado, a aprovação do PLC 1/2009 deve ser “comemorada por todos, pois restitui aos servidores públicos do Estado de São Paulo um dos direitos fundamentais da cidadania: a liberdade de expressão”. Roberto lembrou que o dispositivo presente na Lei 10261 era utilizado costumeiramente para intimidar o servidor público estadual. “Este estatuto, já ancião, foi produzido quando no Brasil estava em vigor o regime de exceção, inaugurado com o Golpe Militar de 1964.”

Fonte: APEOESP


Baixe aqui a íntegra do projeto - Projeto de Lei Complementar 1/2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Por um debate acerca da questão dos uniformes - Tréplica - Prof. Jair

Peço desculpas pela demora para postar a tréplica do Prof. Jair, fiquei um tempo sem internet e não pude postar antes. Mas como parte do debate e do exercício da democracia, aqui temos a tréplica do Prof. Jair. Obrigado pela compreensão!

Olá Emerson, obrigado pelo comentário, e a recíproca é verdadeira.

Por diversas vezes nesses anos questionou-se o Vieira pela exigência do uniforme, inclusive recorrendo-se à Diretoria de Ensino fazendo-se alusão à lei, e sempre aceitou-se o argumento do Vieira de exigência, pois uma coisa é proibir o aluno de frequentar a escola por conta de uniforme, isso é proibido por lei, outra coisa é cobrá-lo e dar alternativas para que o aluno use o uniforme, como ofertá-lo a alunos carentes ou emprestar a quem está sem. Volto a afirmar que a sindicância que investigou o uniforme a pedido da Secretaria da Educação inocentou a senhora diretora por não ver nada de ilegal, a não ser a venda ser realizada dentro da escola. É por isso que existem os juízes, que interpretarão as leis conforme as situações. E é por isso que devemos tomar cuidado com as interpretações da lei ao pé da letra. Conforme afirmei, já pensou se cada jogador de futebol quiser jogar com um tipo de camisa diferente alegando que a Constituição garante que ninguém deve ser discriminado pela roupa que usa? Percebam que aí deve prevalecer o bom senso, e devemos tomar cuidado quando descobrimos que temos direitos para que a gente não veja direito em tudo, como citei anteriormente - o meu direito de usar a roupa que quero (pudor depende do ponto de vista, certo?), meu direito de bater em quem manda em mim (direito a resistência à opressão), meu direito de usar camisa de time, de facção criminosa, de qualquer outra coisa (direito à liberdade de expressão). Obviamente a camisa com suástica foi um exemplo, existe lei municipal, da época da Erundina, que proibe. Mas acredito que noutras cidades não hajam leis contra a suástica, se não me engano.

Volto à questão do cuidado com o discurso dos direitos, direitos, direitos. Se formos levar ao pé da letra, a USP também é pública, então todos deveriam poder frequentá-la, sem essa coisa discriminatória que é o vestibular... Se o fato de ser público significa que não se pode exigir nada, então vira bagunça: "não use essa roupa assim" - "uso porque essa escola é pública e você está me discriminando" / "não deite no meio do pátio" - "deito porque a escola é pública e não tem nenhuma lei que me impeça de deitar no chão" / "não jogue futebol agora" - "jogo porque a escola é pública, tenho direito ao esporte e a única exigência que vocês podem fazer é que eu tenha o ensino fundamental completo". Tem um hospital público do lado da minha casa que não tem tomografia, e eu sei que no de Pedreira tem, mas eu me recuso a ir para o outro hospital porque eu exijo que o do lado da minha casa tenha tomografia porque ele é público... (esse exemplo não tem nada a ver com lutar por hospitais equipados, que é uma obrigação nossa). Se não devo exigir nada do meu aluno do ensino médio por que devo reprová-lo ao final do ano? E o direito dele seguir em frente, afinal a escola é pública... Uma coisa é a gente estar na oposição, brigando e vociferando pelos direitos. A outra coisa é você estar ali, tomando decisões (numa aula, numa escola, num país), e vê que a coisa não é tão simples assim. O Lula que o diga (aliás, já disse).

Quanto a conscientização dos alunos pelo uso do uniforme vir só quando os alunos debaterem o assunto, eu diria: "menos, menos...". Aquele que é contra o uso do uniforme vai se tornar consciente e passar a usá-lo só porque houve um debate? Você acredita nisso? E o sujeito que diz "não, não quero". Você acredita que o Fernandinho Beira-Mar um dia vai se conscientizar de que deve ser um cara de bem se todos nós formos lá debater com ele? A vida dele o fez assim. Realmente é possível que TODOS se conscientizem de algo? Vocês devem conhecer algumas pessoas, em casa, na escola, no trabalho, que você fala, fala, mostra argumentos, mostra fatos, e a pessoa continua fechada em seu ponto de vista, achando-se dona da verdade. Conscientiza-se quem está preparado para se conscientizar, quem quer se conscientizar. Que poder mágico teria o debate para despertar TODOS para a consciência? O debate é fundamental, e ele conscientiza alguns que já se mostram abertos para tanto. E o que eu faço com os outros que se recusam? No leste europeu botavam no paredão, onde já se viu irem contra a consciência de classe revolucionária? Se a maioria se conscientiza da importância do uniforme, o que eu faço com a minoria? Deixo-a seguir sem uniforme? Obrigo-a? DOU A ELA A LIBERDADE DE BUSCAR OUTRA ESCOLA MAIS LIBERAL OU ADAPTO A VONTADE DA MAIORIA AO DESEJO DE UMA MINORIA? Detalhe: se fizermos uma pesquisa com pais e alunos creio que a grande maioria é favorável ao uniforme, mesmo sem o debate proposto, e olha só o rolo que está dando. Se apenas se investisse na conscientização das pessoas para que não cometessem crimes não haveria a necessidade de polícia, certo? Então existe crime por que falta consciência nas pessoas? Vamos acabar com a polícia e investir na conscientização para vermos o que acontece. Volto a afirmar, uma coisa é o discurso florido dos direitos, outra coisa é a vida real, quando se tem que tomar certas atitudes. É fundamental lutar pelos direitos, mas com uma visão bem nítida do que é o ser humano, do que é a sociedade.

E quanto ao Conselho de Escola, ele é um órgão representativo, como temos uma democracia representativa, e não direta, pelo simples fato de que não dá para reunir todos os alunos, pais, funcionários e professores para debater e decidir cada uma das coisas. Houve eleições, e os alunos se candidataram livremente para representar seus pares, portanto não concordo com o discurso de minimizar a importância do Conselho.

Quando usei o termo velho sabia que deveria ter trocado a palavra, não o fiz porque tinha pouco espaço na mensagem e eu fiquei com preguiça de escrever de novo. Mas ocorreu justamente o que eu previa, a identificação da palavra velho com algo que deve morrer, o que é muito triste. Meu velho Vieira tinha muitos defeitos, muitos problemas, mas não tinha pichação nos corredores, bombas constantes, fogo nos jornais que eu coloco no quadro, era disputado até por filhos de supervisores, era a nona melhor escola pública da capital (ENEM 2007), uma das que mais colocava alunos na USP (2007). O velho Vieira realmente está morrendo, e nada garante que o novo será melhor. Pode até ser melhor, mas nada garante. E dizer que a comunidade escolar como um todo vai decidir sobre os rumos do Vieira daqui em diante é o que eu sonho que aconteça mesmo. Sonho...

Emerson, todos os anos o Conselho debate sobre os prós e contras do uniforme, não foram os acontecimentos desse ano que fizeram isso ocorrer. Acontece que sempre vencem os argumentos pró-uniforme, mesmo considerando os pontos negativos dele, como você citou. Agora, se eu vou abrir exceção para a roupa social, por que deveria discriminar outros tipos de roupa? Ou abre para todo mundo ou não abre para ninguém. Direitos iguais, certo? Restringir o uso de determinados tipos de roupa, como você sugere, acaba caindo novamente na discussão do direito de usar o que lhe convém, que acaba caindo na questão do uniforme.

Que ótimo que podemos debater esses assuntos, e tomara que debatamos sempre de forma civilizada e com argumentos. Como tem sido feito até agora.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Por um debate acerca da questão dos uniformes - Réplica ao Prof. Jair

Com todo o respeito que tenho pelo Prof. Jair, rebaterei alguns argumentos apresentados.

Segundo a Lei Nº 3.913, de 14 de novembro de 1983
Artigo 1º – Aos estabelecimentos oficiais de ensino do Estado fica proibido:
(...)
V – instituir o uso obrigatório de uniforme"
Portanto obrigar o aluno a usar o uniforme é ilegal até que uma lei maior anule esse parágrafo da lei.

"os alunos que se matriculavam nesta escola sabiam disso, poderiam optar por outra escola mais 'liberal' "
Devemos nos lembrar que o Vieira é uma escola PÚBLICA e, portanto a única exigência que se pode fazer para que o aluno curse o ensino médio é a de que ele tenha concluído o fundamental. Fora isso mais nada.

"não se deve também, nessa ótica, proibir aquela blusa decotada até o umbigo, não é mesmo? E a liberdade da menina de mostrar o seu corpo se ela assim o desejar? De usar aquela calça colada que mostra até a alma? Ou de um aluno desfilar com uma suástica nazista no peito?"
Quanto a isso não é preciso se preocupar, existem leis que proibem qualquer tipo de propaganda nazista e a lei de atentado ao pudor.

Quanto aos outros argumentos, acho extremamente válido que se tenha uma preocupação com o "elitismo" que seria criado na escola, com um se achando melhor do que o outro porque tem uma roupa melhor etc.
Eu não acredito que agora os alunos são "livres", mas acredito que esse momento permitiu que nós discutissemos sobre questões de interesse geral para a escola. Eu não acredito nessa "conscientização" que foi proposta pela direção, eu acho que os alunos só vão adquirir consciência sobre o uso do uniforme quando eles começarem a participar do debate. Enquanto essa discussão ficar somente entre o Conselho e a Direção os alunos nunca vão se conscientizar.
Esse nosso debate só foi possível porque a questão está em aberto, nada foi decidido ainda, sei que essa não obrigatoriedade do uniforme é apenas transitória, mas ela abriu um espaço para que a comunidade escolar como um todo decida sobre os rumos do Vieira daqui em diante.
O Prof. disse muito bem: "Creio que o fim do uniforme é mais um sintoma de que o velho Vieira está morrendo." O velho Vieira está realmente morrendo, cabe portanto construir o novo.

Só com um debate fundamentado por ambas as partes será possível em pensar alternativas para esse impasse. Mas para isso é preciso estarmos abertos a novas idéias, não adianta tentar voltar atrás, a roda da História anda para frente e esmaga todos aqueles que não a acompanham. Portanto, eu não acho que o fim do uniforme seria a "solução para todos os problemas", pelo contrário, signica o surgimento de novos problemas. Mas também deve-se admitir os defeitos do uso obrigatório do uniforme e refletir sobre uma posição mais acertada sobre a questão. Que mal há, por exemplo, no aluno que vai de social para a escola porque tem seminário no curso, que trabalha entre outros motivos?
Creio que o debate deva girar em torno de restringir o uso de determinadas roupas, tais como, uniformes de times, decotes, calças mais justas etc. Mas primeiro é preciso fazer o que estamos fazendo aqui: um debate honesto sobre essa questão!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Por um debate acerca dos uniformes (visão 2) - Prof. Jair

Bem, como parte do debate que deve ser feito sobre essa questão eu postarei um texto do Prof. Jair que ele publicou no Orkut.
Assim teremos duas visões sobre o tema e poderemos fazer uma discussão mais construtiva acerca do tema!
Obrigado!


Alguns esclarecimentos:

O Conselho de Escola não decidiu pelo fim do uniforme, não sei quem inventou isso!

O que houve?

Nossa diretora foi afastada por conta de uma denúncia em jornal de que o Vieira e o Salotti exigiam o uso do uniforme para a entrada dos alunos. Uma sindicância foi instaurada pela Diretoria de Ensino e a única ilegalidade encontrada foi o fato de se vender o uniforme dentro da escola, pois o vendedor não pagaria certos impostos devidos. Tanto é que a senhora diretora voltou ao cargo nesta segunda-feira. Portanto essa história de que o uniforme é inconstitucional não é correta. Escolas, hospitais, quartéis e empresas exigem uniforme. A Constituição não serve para eles?
Por anos o José Vieira cobrou uniforme dos alunos, e os alunos que se matriculavam nesta escola sabiam disso, poderiam optar por outra escola mais "liberal". Sempre a APM da escola bancou o uniforme para quem não tinha condições, e sempre pediu aos alunos de terceiro ano que doassem seus uniformes quando saissem da escola para que eles fossem repassados. Por anos essa prática era citada como exemplo por outras escolas, por pais e por alunos.
Como houve essa denúncia, a Supervisora orientou a Direção a não exigir com rigor o uso do uniforme. Não foi o Conselho de Escola quem tomou essa decisão, pois todos os membros do Conselho são favoráveis a ele (se havia alguém contra ele não se manifestou).
O regimento interno está perfeitamente de acordo com a legislação, pois garante opções para alunos que demonstrem não ter condições de arcar com o preço. Caso contrário a sindicância não teria decidido pela volta da senhora Diretora.

Na minha opinião essa decisão é infeliz. Qual vantagem existe nessa "flexibilidade"? Toda flexibilidade, seguindo esse raciocínio, parece boa, mas não é. E quem disse que deixar de usar o uniforme contribui para "transformar radicalmente as estruturas de poder vigentes no Vieira"? O que cada um tem feito de efetivo para "transformar as estruturas de poder vigentes no Vieira" além de só reclamar e xingar a direção como muitos o fazem via orkut?

Por que apóio o uniforme?

Eu estudei o meu ensino médio no Vieira, e sei como é terrível ir para a escola com uma roupa velha e fora de moda enquanto outros vão com roupas de marcas, consequentemente sendo os mais populares.
No ano passado, durante a excursão para Santos, de longe (longe mesmo) nós víamos grupos de alunos do Vieira se deslocando pelas ruas e tínhamos como saber se estavam ou não perdidos.
Há alguns anos uma aluna do Vieira foi atropelada e faleceu no Rio Bonito, e só a identificaram porque ela usava o "odiado" uniforme.
O alunado uniformizado dá um aspecto de ordem que contribui para o melhor desempenho da escola. E sem essa de que a palavra "ordem" é negativa, porque não é não. Quem disse que a ordem é inimiga da liberdade?
O uniforme dificulta que pessoas estranhas entrem na escola junto aos demais alunos. Se está sem uniforme de longe seria identificado. Com alunos sem o uniforme esse indivíduo passa perfeitamente por um aluno comum.
O adolescente precisa de um poder contrário para que ele desenvolva sua rebeldia. Essa coisa de facilitar tudo, de liberar tudo, de "flexibilizar" tudo causa mais mal do que bem para o adolescente, gera o tal do "rebelde sem causa" ("como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar, pra eu amadurecer sem ter com o que me rebelar...", como dizia o Ultraje a Rigor). É só ver como agem os filhinhos mimadinhos da mamãe que nunca recebem um não como resposta, nunca passam por dificuldades, nunca são obrigados a nada.

Creio que o fim do uniforme é mais um sintoma de que o velho Vieira está morrendo.

Aos que pensam ser inconstitucional cobrar o uso do uniforme ou qualquer outro tipo de vestimenta, convenhamos, não se deve também, nessa ótica, proibir aquela blusa decotada até o umbigo, não é mesmo? E a liberdade da menina de mostrar o seu corpo se ela assim o desejar? De usar aquela calça colada que mostra até a alma? Ou de um aluno desfilar com uma suástica nazista no peito? Percebem como esse raciocínio é perigoso? Há anos ocorriam confrontos entre os alunos do Iporanga e da Dezenove, e nada impede que eles possam ocorrer daqui a algum tempo. Pensaram num aluno desfilando com um blusão escrito "DZ9" no meio do pátio por entre alunos do Iporanga? E o corinthiano ou palmeirense desfilando com seu uniforme quando seu time venceu algum adversário de forma humilhante, não poderia gerar uma briga de grandes proporções? Muitos alunos devem achar legal isso ocorrer, mas cabe à escola, seja ao Conselho ou à Direção, zelar para que esse tipo de coisa não ocorra.
Por fim, quem nunca gostou do uniforme sempre teve a opção de ir para o Beatriz... Com todo o respeito, comparem as duas escolas. No passado, claro...
O aluno se sente cerceado em sua liberdade por ser obrigado a usar o uniforme? Dar a ele a liberdade de não usar é a mesma coisa que dar a ele a liberdade de fazer o que quer, pois se um tem o direito de questionar o uso do uniforme, o outro tem o direito de questionar o porquê da proibição do celular em sala de aula, do mp3 durante a aula, do fumar na escola, do uso da maconha durante o intervalo (não é o que diz a música "legalize-já"?). Por que um direito teria prevalência sobre o outro?
Ser questionador, ser consciente, defender seus direitos não significa ser contra tudo e contra todos. É preciso pensar nas consequencias dos atos, é preciso ter uma visão mais ampla, menos maniqueista das coisas.
Para um vieirense de muitos anos, como aluno e como professor, é muito triste tudo isso que está acontecendo com a minha escola. Minha, pois parte da minha história está ali, como de vários outros.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Por um debate acerca da questão dos uniformes

Esta semana nossa escola foi agitada pela decisão do Conselho da não obrigatoriedade do uso do uniforme. Também pelos boatos de que a carteirinha seguirá pelo mesmo caminho. São dois temas de extrema importância e que merecem atenção ao serem discutidas, pois o posicionamento ante esses fatos pode determinar e até comprometer o projeto de escola pelo qual estamos lutando desde o começo do ano.
Primeiro pesa a questão da legalidade dessas ações.
"O uso de uniforme escolar é obrigatório?

Não. A Lei n.º 3913/83 de 14/11/83 proíbe os estabelecimentos oficiais de ensino de obrigar os alunos ao uso do uniforme escolar.

O aluno pode ser impedido de entrar na escola por estar sem uniforme?

Não. As Normas Regimentais Básicas para as Escolas Estaduais, em seu capítulo IV - das Normas de Gestão e Convivência estabelece que a escola não pode fazer solicitações que impeçam a freqüência de alunos às atividades escolares ou venham a sujeitá-los à discriminação ou constrangimento de qualquer ordem."(1)


A segunda questão que se pode fazer é:
Pra que uniforme?
Um argumento que pode se levantar em favor do uniforme é a questão da segurança. Mas será que o uniforme protege de alguma coisa? Sim e Não.
Sim porque em caso de acidente ou algum imprevisto que ocorra com o aluno, ele poderá ser facilmente identificado e a escola contactada o mais rápido possivel.
Não porque muitas vezes escolas "rivais" identificam seus "inimigos" pelo uniforme.
Qual deve ser portanto o nosso posicionamento quanto ao uniforme?
Nós, alunos do José Vieira devemos nos posicionar contra a obrigatoriedade do uniforme por alguns simples motivos:
1) O preço do uniforme. O Vieira é uma escola pública localizada num bairro carente, logo, a necessidade de comprar o uniforme acaba pesando no orçamento de muitas famílias.
2) A transferência de verba da APM para a compra de uniformes destinados a alunos carentes, verba que poderia ser utilizada na melhoria do ambiente escolar e na compra de materiais didáticos para a escola.
3) Acabar com a utilização da escola como "combustível" da indústria têxtil.

Quanto à carteirinha podemos ainda acrescentar que a mesma não é documento oficial, portanto não pode ser exigido como condição de acesso à escola. Mas a direção não deve, por esse motivo, ser negligente quanto à entrada de estranhos no colégio, pois lá é um prédio público e é obrigatória a identificação para quem desejar entrar.

Devemos estar claros de que o fim da obrigação de usar o uniforme e a carteirinha não deve significar que podemos ir com roupas "sensuais" ou trazer amigos para a escola, ao contrário, temos que reforçar ainda mais o pudor e o respeito dentro da escola. O que foi desmantelado e deve ser destruído de vez são os mecanismos de repressão que a escola usava para punir os alunos. Abre-se, portanto, a porta do diálogo ao invés da da repressão. Nunca estivemos tão próximo do abismo, mas ao mesmo tempo nunca estivemos tão próximos do novo. O fim do uniforme não é bom nem mal em si mesmo, mas as consequências que dele virá os são. Podemos ter um clima de caos ou podemos aproveitar o momento em que os alunos adquirem mais autonomia sobre os rumos da escola para criar o "Novo Vieira". Só depende de nós mesmos decidir o que acontecerá daqui em diante.
Portanto, não podemos deixar a chance passar e nem cruzar os braços e esperar a barbárie chegar, precisamos arregaçar as mangas e construir o futuro da nossa escola para que ela seja um lugar mais agradável e mais humano de se viver!

(1)Informativo nº COE01505 - COEP

sábado, 15 de agosto de 2009

CRISE

Correr!
Correria cruel,
Crise criativa,
Crueldade criada,
Criação cravada,
Carne crua cansada.

Coração carência!
Criança crê.
Criminalidade corre,
Criando cabulosa curiosidade.

Castiçal castiço?
Cascata com cascavel!
Carrasco capeta,
Cramunhão cardeal,
Corrosão corporal.

Capitalismo capadócio, canibal!
Camomila corrosiva, cancerosa,
Carnificina clandestina,
Clamor clínico.

Carabina clemente,
Coração camuflado.
Canto cavernoso crava.
Cabeça carregada,
Cai...

Cai!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Para pensar nessas férias...

Bem pessoal, estamos de férias então decidi propor aqui um debate para nós pensarmos um pouco sobre um importante tema que foi esquecido por boa parte da nossa sociedade: o problema da fome. Durante esses dias eu irei postar aqui uma série de artigos para discutir e propor medidas contra esse flagelo que atinge mais de 11 milhões de brasileiros e que esse ano chegou à marca de 1 bilhão de famintos no mundo, o que quer dizer que a cada 6 pessoas, uma passa fome.

Para iniciarmos o nosso debate eu indicarei dois vídeos para reflexão. Um, é uma matéria exibida pelo Jornal Nacional em 2001, e o outro é o trailler do documentário "Garapa" do diretor José Padilha (o mesmo de Tropa de Elite).
Espero que essa mensagem chegue a alguém, e que esse alguém possa fazer algo para ajudar!


Essa reportagem é composta de cinco partes, recomendo que se vejam as cinco, mas essa é a principal pois dá uma introdução ao assunto.

domingo, 28 de junho de 2009

Ser Socialista

Ser Socialista significa sentir...

Ser Socialista significa sofrer sem ser sofredor,
Socializar sem sequer ser seu,
Solidarizar-se sem se sentir superior,
Sustentar-se sendo suscetivel.

Ser Socialista significa sobretudo sonhar!

Sonhar sumindo senhores, servos
Superiores, subalternos.
Só sobrando solidariedade...
Sobrepujando sua sonhada sociedade:

Sociedade Socialista!

terça-feira, 9 de junho de 2009

28/05/09 - "O Dia"

28/05/09... Terceira aula, período da manhã na E.E. Prof. José Vieira de Moraes. Alunos representando cada classe reúnem-se para discutir uma nova onda de protestos contra a gestão que afunda nossa escola num regime abstolutista, o abismo da loucura de Elaine Feitosa.
Foi decidido que após o intervalo os alunos permaneceriam no pátio para o início da manifestação. Os alunos foram avisados para manifestarem-se pacificamente, sem destruir nada da escola.
A princípio, pensaram em fechar o portão para que todos não subissem, mas desistiram da idéia, pois assim acabariam por perder todo o crédito e importância de uma manifestação que busca a melhoria da escola para uma imagem de "grande arruaça", símbolo do senso comum de nossa diretora contra as manifestações dos estudantes.O manifesto finalmente começou. O sinal para a quarta aula tocou e os alunos não subiram, no entanto, o portão estava aberto para quem quisesse subir e ter aula. Mas ninguém quis subir, todos permaneceram no pátio enquanto os representantes de cada classe conversavam sobre os motivos da manifestação, deixando todos os presentes no protesto informados.
Passa o tempo, e a vice-diretora, Cida, desce para conversar com os alunos e convencê-los de que não existem motivos concretos para uma manifestação. Vendo que não possuía argumentos para convencê-los, simplesmente deu as costas e subiu para a diretoria, sem querer mais conversa... Enquanto isso, surgiram alunos do período noturno, que diziam que a manifestação somente prejudicaria os outros, e que a diretoria estava trabalhando para a melhoria da situação da escola e de todos os períodos. Aí a coisa ficou feia. Esses mesmos alunos conseguiram iniciar um conflito, pois diziam que eram à favor da gestão da diretora. Alguns representantes revoltaram-se, mas foram logo acalmados.
Em seguida, a própria Elaine desceu ao pátio, mas nada adiantou. Vendo que não conseguiria mudar nada, também virou as costas e subiu.
Os conflitos entre os alunos do noturno, que vieram para comunicar a formação de chapas para o grêmio e acabaram no meio da manifestação com os alunos representantes só aumentava. Uma das inspetoras desceu até o pátio e chamou alguns dos manifestantes, para irem até à diretoria para "conversar". Foram os três alunos chamados e mais dois foram juntos, que acreditavam ser mesmo uma conversa e estavam dispostos a participar de uma reunião com a diretora.
Chegando lá, Surpresa! Não era conversa coisa nenhuma. Elaine Feitosa pediu os nomes e telefones dos alunos para convocar os pais, pois dizia que outros alunos foram até ela e denunciaram os presentes na diretoria como mobilizadores da "arruaça". Os presentes perguntaram se os alunos que denunciaram seriam convocados mais tarde para comprovar a acusação, mas não foram ouvidos. Feitosa faria de tudo para acabar com os manifestos, até usar denúncias sem provas. Baixa, muito baixa. Um deles chegou até a perguntar para a vice diretora o que ele havia feito para estar lá, e, surpreendam-se, a resposta foi um simples: - Nada!
E ficaram lá os alunos, na sala da diretoria, conversando com uma inspetora que insistia em dizer que a diretora estava certa, que os alunos estavam errados, etc, enquanto a diretora passeava pelos corredores falando com pais que chegavam, com professores, com inspetores, tentando resolver várias coisas ao mesmo tempo e deixando pais que saíram do trabalho esperando... Os representantes de classe que permaneceram no pátio subiram até a diretoria para ver a situação e foram comunicados de que os alunos que tiveram os pais chamados estavam sendo ameaçados de expulsão. Uma aluna do noturno também subiu logo depois, e tentou explicar que, na verdade, não estava do lado da diretora. Estava apenas "atuando" como uma amiga, quando na verdade era uma ativista contra a gestão. Muito tempo depois, três dos cinco alunos presos na diretoria foram chamados para outra sala, para uma reunião com a diretora e com os pais de cada um. A diretora não perdeu tempo numa conversa com os pais antes da reunião, dizendo que os alunos não teriam "cabeça" para organizar uma coisa dessas e que haviam professores por trás de tudo isso, numa clara tentativa de jogar os pais contra os professores.
Enfim começou a reunião. Discussão vai, discussão vem, e a diretora nem sequer citou os alunos que foram denunciar os outros presentes na reunião. Após esse assunto ser levantado por um deles, a diretora disse que não chamaria aluno nenhum até à diretoria. A bomba estava prestes a explodir e o chicote estralava pra todo lado, seja nas costas da diretora, dos pais ou dos alunos, mas a chicotada que mais doeu foi para o lado da direção. Em certo momento, a discussão foi interrompida pela vice diretora, que dizia assustada sobre uma ligação na delegacia de ensino, em que disseram que alunos estavam sendo expulsos. Foi incrível a mudança do jogo na sala. A diretora negou tudo aos pais sobre a expulsão, e os fez assinar no livro ATA uma declaração que confirmava a não-expulsão dos alunos. Logo mais todos foram liberados e tudo acabou.
Ouvimos ainda que alguns baderneiros que não sabiam o motivo do protesto quebraram torneiras e extintores, mas nada que pudesse incriminar ninguém dos presentes , pois um professor pegou os baderneiros. Depois descubrimos que nada havia acontecido, era só mais uma mentira para nos intimidar...
Por fim, o chicote cessou e tudo voltou ao normal. Mas a dor do último estralo, acredito, é sentida até agora.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vieira no JT

Diretora de escola abusa de autoridade, diz leitor.


A Escola Estadual Professor José Vieira de Moraes, em Interlagos, zona sul, já foi referência entre os colégios públicos. Hoje a situação não é a mesma. Uma ex-professora da escola assumiu a direção da instituição e provoca descontentamento entre pais, alunos e professores. Suas ações na escola são bastante autoritárias. Os alunos já organizaram protestos e sofreram as consequências de suas atitudes. Todos temem represálias. A diretora não aceita que ninguém a critique. Os pais e professores já fizeram denúncia à Ouvidoria da Secretaria da Educação, mas nada foi feito.

Jair da Silva Santos,

CAPITAL

Jornal da Tarde, pág. A10 . 02/06/09.

Obs: Estamos devendo um artigo sobre o protesto de quinta-feira passada (28/05), onde cinco alunos foram "interrogados" pela diretora. Mas estaremos postando aqui assim que tivermos tempo. Obrigado pela compreensão!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Não há mais tempo: é agora ou nunca!

Depois de muito tempo parados e relativamente afastados da atividade política da escola chegou a hora de voltarmos com força total! Agora é a nossa grande chance de fazermos com que a Secretaria da Educação saiba o que está se passando REALMENTE no Vieira e tome alguma atitude, mas só temos até terça-feira para tomarmos alguma atitude em relação a isso, pois o dirigente da Secretaria da Educação da região Sul-3 está fazendo um inquerito sobre o que está acontecendo em nossa escola e pediu um prazo de 10 dias para analisar, não podemos demontrar conformismo, satisfação ou normalidade nesse período, pois é isso o que quer a nossa diretora - que demonstremos que nada está acontecendo - quando na realidade está.
Devemos mostrar o absurdo que é ser obrigado a ficar na sala de aula durante as aulas vagas (o que deveria ser opicional, já que alguns preferem ficar na sala durante as aulas vagas); o desleixo com que foi tratado o Global Classrooms, aquele projeto em que os alunos conhecem a Onu, participam de debates e alguns viajam para outros países (como alguns que foram aos EUA); e o ESCÂNDALO que é a VENDA de uniformes a preços altissimos, quando este deveria ser gratuito.
Essa é a oportunidade de derrubarmos do trono a "soberana" Elaine Feitosa!
É a hora de mostrarmos que "o rei está nu"!
É tempo de revolução e não podemos deixar passar!

BASTA!
FORA FEITOSA!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ratificação ou Retificação?

Na segunda-feira, dia 18, houve mais uma Reunião do CE.
Segundo a diretora, a Reunião foi marcada para "ratificar" a decisão da última Reunião (a livre entrada na 2° aula para o noturno).
Consultando um dicionário vê-se que ratificar significa "validar (o que foi feito ou prometido)". Mas logo no início viu-se que esse não era o objetivo da Reunião, o real objetivo era, na verdade, RETIFICAR, isto é, "corrigir", ou seja, o CE se reuniu novamente para "anular" a decisão anterior!
Só pra começo de conversa, "a Lei não previu a correção de suas deliberações [do Conselho de Escola] – não instituiu uma segunda instância, um processo de reconsideração e recurso" (SIMÕES, 1988)(1). Então a reunião já era ilegal antes de começar. Mas mesmo assim comparecemos.
Iniciou-se a reunião e já vimos que a proposta da direção era realmente retificar, e não ratificar, a decisão do Conselho. D. Elaine, imperadora do Vieira, apresentou seu projeto de segunda aula para o noturno - o mesmo que já havia sido reprovado pela assembléia anterior - , quer dizer, obrigar o aluno a apresentar um atestado comprovando que ele trabalha e onde e que horas ele sai do trabalho, seria feita uma "triagem" desses alunos e aqueles que não conseguem chegar a tempo teriam uma carteirinha especial, autorizando a entrada desse aluno.
À primeira vista parece um bom projeto, mas analisando detalhadamente vê-se as falhas graves que estão contidas nele:
1°) A proposta não abrange casos de trânsito ou acidentes, pois muitas vezes o aluno consegue chegar antes das 19h00 sem problemas, mas se tiver um acdente ou um trânsito acima do comum ele não consegue chegar no horário e ficaria pra fora, pois "ele trabalha próximo e dá muito bem pra ele chegar às 19h";
2°) A proposta não engloba casos onde o aluno foi a uma entrevista de emprego ou resolver algum problema pessoal (documentação, problemas de saúde etc);
3°) Também não seria incluído aquele aluno que trabalha informalmente ou autônomo, já que este não teria nada que comprovasse trabalho.
Ou seja, o projeto apresentado pela direção (e pelas supervisoras de Ensino presentes na Reunião) não era abrangente nem justo. Mas, mesmo assim, a diretora (e todos que a apóiam, dentre eles as supervisoras) resistiam à proposta de não restrição à entrada na segunda aula.
***
O principal argumento usado contra a nossa proposta foi o de que era ilegal. Mas durate o debate essa afirmação se mostrou falsa, pois as leis nada diziam quanto à restrição de entrada do aluno na escola, seja qual for o horário.
Vendo-se encurralados, partiram para os mais baixos golpes que se podem dar: tentar dissolver o Conselho; não pôr em votação as propostas; ameaça de mover uma ação contra o Conselho caso a decisão se mantivesse, entre outros absurdos.
A tentativa de dissolver o Conselho foi num momento em que uma professora, indignada com o fato de não poder pôr a sua proposta em votação, disse que "se fosse pra continuar dessa forma que se dissolvesse o Conselho e deixasse a diretora mandar na escola". Vê-se claramente que se trata de uma ironia, mas a diretora levou tão a sério que nos incentivou a fazer isso: "então a reunião está terminada e formaremos um novo Conselho". Veja o absolutismo dessa atitude!
Qualquer um que dê valor à democracia não aceitaria que se falasse isso nem de brincadeira, mas ela, por amar o poder, aplaude.
***
Sempre tentando encerrar a Reunião sem nos ouvir, no momento em que a surpevisora sugeriu que se mantivesse a decisão do Conselho até o fim do mês, recolhendo os atestados nesse período, e que depois fosse feito conforme elas haviam proposto, D. Elaine aproveitou a oportunidade e declarou decidida a pauta, terminando com a Reunião, mas os alunos e professores protestaram, exigindo que fosse colocado em votação. Depois de muita briga ela aceitou a votação, mas, para não perder o costume, a votação seria da forma que ela determinasse. E a forma que ela determinou foi que se aprovasse ou recusasse a proposta dela, sendo que a recusa significaria a proibição total de entrada na 2° aula para o noturno. Ou seja, OU SE ACEITA O QUE ELA QUER OU NADA!
Lutamos e conseguimos pôr em votação a manutenção da decisão anterior do Conselho e votamos mesmo sendo ameaçados de ter essa decisão anulada, e mais uma vez vencemos.

É preciso que toda a comunidade escolar lute contra esse desrespeito è democracia e exija a saída dessa nazi-diretora do José Vieira de Moraes!
O Vieira não precisa de você Feitosa,
Impeachment já!

Obs: A ata dessa Reunião é do dia 18/05/09 e pode ser lida por toda a comunidade escolar, segundo o Comunicado SE, de 31/03/1986

Para se informar mais sobre o Conselho de Escola:

Comunicado SE, de 31/03,86

(1)Simões, Luso Arnaldo Pedreira. O Verdadeiro Conselho de Escola. Secretaria de Estado da Educação, 1988, p. 15

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Segunda aula para o noturno agora é regra!

No último 08/05 (sexta-feira) tivemos a primeira reunião do Conselho com os novos representantes. A pauta era composta por: posse dos novos membros; zeladoria; calendário escolar e Regimento Escolar. Estavam presentes cerca de 30 pessoas, dentre elas professores, funcionários, pais, alunos e direção.

Iniciada a Reunião, todos foram apresentados e empossados e seguimos para a segundo assunto, a zeladoria da escola (que ficou com uma funcionária da D.E., a Ivone).Depois foi discutido se eram necessárias alterações no Regimento e houve um breve debate sobre a questão dos livros didáticos que foi levantado pelo Prof. Alberto, de Física. A discussão girou em torno de acrescentar ou não um inciso no Regimento que obrigasse os alunos a levarem os livros à escola mas logo foi descartada esta hipótese. E quanto ao calendário escolar o debate foi mais longo mas tudo foi resolvido com certa tranquilidade. Mas o ponto alto da Reunião ainda estava pra chegar.



Terminada a pauta o espaço foi aberta para outras questões e, aproveitando a oportunidade, um aluno pôs em pauta a questão da entrada na segunda aula para os alunos do noturno e, parecendo prever o que viria, profetizou: "Eu sei que esse tema vai gerar muita polêmica, mas não podemos fugir dessa discussão". E realmente o tema era polêmico e não podíamos fugir (muitas salas do noturno estavam esvaziando devido às intolerâncias da diretora). Mas a única pessoa realmente disposta a fugir desse assunto parecia ser a diretora, Elaine Feitosa. A discussão foi intensa e ela sempre tentava escapar utilizando a sua velha tática de dominação: o blábláblá.
A proposta que a Feitosa fez foi uma clara tentativa de iludir para manter tudo como está - autorizar a entrada dos alunos mediante apresentação de um atestado que comprovasse trabalho e dizendo onde e que horas o aluno saía do serviço, pois, segundo ela, "era injusto que os alunos que trabalham próximo à escola e saem às 17h tivessem o direito de entrar na segunda aula". Com essa afirmação se levantou as seguintes questões "Se no atestado dissesse que o aluno tinha como chegar antes das 19h mas o ônibus em que esse estudante-trabalhador estivesse quebrasse, fazendo com que ele chegasse atrasado, quem iria comprovar que o ônibus quebrou? O motorista do ônibus iria fazer uma declaração para esse aluno?"; "Qual aluno sai do trabalho às 17h e não entra na primeira aula, a não ser que tenha algum problema para resolver?". À essa segunda questão poderia se dizer que é o aluno desinteressado, que não quer estudar; mas, ora, o aluno que não quer estudar ele simplesmente não entra na escola! A evasão nesses casos é voluntária.
Depois de toda essa discussão fomos à votação, embora a diretora fosse contra a votação. Foram apresentadas três propostas:
1°) Continuar como estava, o portão abria uma única vez, pra primera aula;
2°) Entra-se mediante a apresentação de atestado, a ser conferido um por um pela diretora todos os dias e o aluno assumindo a sua falta; e
3°) O portão abre duas vezes (na primeira e na segunda aula) para todos, independentemente de apresentação de documento que comprove trabalho com o aluno se responsabilizando pela sua falta.
Acabou que todas as esperanças da Feitosa de continuar reinando no Vieira se foram pelo chão, e ganhou a proposta três com 26 votos a favor e uma abstenção. Os estudantes venciam mais uma vez. Mas é preciso avançar mais e mais na conquista dos nossos direitos com união, organização, concientização e luta!

Todo Poder ao povo!

*Tudo o que foi aqui citado está lavrado em ata do dia 08/05/09 e assinado por todos os presentes.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Eleição do Conselho e tentativa de sabotagem.

Ontem, dia 6 de maio, houve no José Vieira a eleição dos representantes do Conselho Escolar, órgão máximo de uma escola que decide as principais tarefas desta. Como é sabido, o Conselho é composto por alunos, pais, professores e direção (sendo a diretora a soberana de tudo, a única que não passa por votação). O curioso foi descobrir posteriormente que alguns nomes não constavam na lista que foi afixada na escola com os nomes dos candidatos, e que esses candidatos que não tiveram seus nomes incluidos foram exatamente aqueles que participaram das manifestações de março.

Teria sido essa uma tentativa de boicote por parte da direção àqueles que lutaram contra seus atos ditatoriais no início do ano letivo?

Nem toda semelhança é mera coincidência.

terça-feira, 24 de março de 2009

Demorou mas chegou!

Demorou, mas enfim chegou o dia de todos lutarem contra o estrago que José Serra e Maria Helena estão fazendo com a educação em São Paulo! No dia 27, todos à Assembléia que lançará a campanha salarial e educacional dos professores! Abaixo, segue a fonte da informação:



Conforme aprovado pelo Conselho Estadual de Representantes da APEOESP, a assembléia que lançará a campanha salarial e educacional dos professores será no próximo dia 27 de março, a partir das 14 horas, na Praça da República.


Complementando informações contidas no cartaz convocatório enviado a todas as subsedes, a assembleia será COM PARALISAÇÃO.


Reforçamos ainda a reivindicação pelo piso do Dieese (R$ 1.900,31 em fevereiro) e o índice de 27,5% como reposição das perdas salariais.




PROFESSOR QUALIFICADO É PROFESSOR BEM-REMUNERADO!!

Vamos à luta por uma educação de qualidade no Estado de São Paulo!!

domingo, 15 de março de 2009

Como proceder na segunda-feira.

Elaborem uma carta com as exigências da sala, com a assinatura e RG de todos que concordarem com as nossas causas.

Modelo de Carta

1° parágrafo: Porque não concordamos com as medidas da diretora (O motivo pelo qual estamos escrevendo a carta)

2° parágrafo: Nossas Reivindicações.

Bandeiras do Movimento

Essas são as reivindicações do movimento, cada sala deve adequá-las conforme as necessidades de cada uma.

*Tolerância de 10 minunutos, no horário de entrada;
*Entrada na segunda aula para o noturno, conforme o Regimento desta Escola e conforme a Legislação deste país (ECA, Art. 54, VI);
*Permissão para trazer instrumentos musicais para a escola como forma de manisfestação cultural;
*Liberação do aluno em caso de mal-estar/ddoença ou em caso de consulta médica;
*Direito de irmos ao sanitário, mesmo em horário de aula, desde que o professor autorize.

Calendário do Movimento

Segunda-Feira • Nós do movimento conversaremos com TODOS os alunos para saber quais são as opiniões dos alunos sobre a atual gestão da diretora Elaine Feitosa. Preparação das cartas e reunião na hora da saída para coletar todas as cartas e entregá-las para a diretora (claro que só a Xerox, o original deve ficar conosco!)

Terça • Prazo para adaptação da diretora às exigências dos alunos.

Quarta • Em caso de não cumprimento de nossas reivindicações será iniciada uma nova onda de protestos até que ela cumpra o que foi pedido ou, em caso de não-adaptação por parte da atual diretora os protestos seguirão até a saída dela.

Até a vitória!!!!!!!!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Leia e reflita...

"Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer mais nada" Maiakovski



"Primeiro levaram os negros.
Mas não me importei com isso.
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

[Bertold Brecht (1898-1956)]

quinta-feira, 12 de março de 2009

Quem está com a lei? Vós ou Nós?

Bem, como a própria diretora disse para não ficarmos acreditando em boatos, fui atrás do que ela disse também pra não ficar só com a versão dela. Abaixo vou elencar algumas coisas que a Feitosa disse que não correspondem com a realidade:

Não existe entrada na 2° aula pra ninguém!
Segundo ela o Regimento da escola não diz nada sobre o direito de entrar na 2° aula para o noturno.
Segundo o Regimento, o horário de entrada para o noturno é até 19h10 para a 1° aula e depois o portão abre novamente para a entrada na 2° aula. E segundo as leis que regem a Educação e os Direitos da Criança e do Adolescente, é obrigação do estabelecimento de ensino se adequar às condições e necessidades de jovens e adultos, principalmente os que trabalham (ECA*, Art. 54, VI; LDB**, Art. 4°, VI e VII e CF*** Art.208, VI)

O já citado caso do aluno que passou mal e foi à diretoria.
Segundo a diretora - o referido aluno foi à secretaria e ela mandou ele tomar uma água e voltar para a sala. Cinco minutos depois, o aluno volta e diz que vai embora de qualquer jeito e pega o celular, ameaçando de ligar para o pai.
Segundo o aluno - Ele foi até a diretora e o mandou tomar uma água e voltar para a sala. Três aulas depois (e não cinco minutos, como disse a diretora) ele volta e a diretora manda ele ir tomar água novamente e voltar à sala, o aluno vira de costas reclamando que isso não existe e vai embora. (Obs: segundo o aluno e os colegas dele, ele não possui celular)

Os protestos não vão dar em nada!
Segundo ela se os alunos protestarem ela não acatará nenhuma reivindicação.
Mas hoje o pessoal da orquestra do Pão de Açúcar, que faz curso lá em Osasco, conseguiram guardar seus instrumentos na secretaria e foram super bem-tratados! Também, depois da repreensão da supervisora da Delegacia de Ensino também!

Se protestar vai ser expulso!
Segundo a Feitosa, o aluno que participar de protestos será expulso da escola.
Não há base legal para isso, já que a Constituição prevê a liberdade de pensamento (Art.5°, IV); a liberdade de associação (Art.5°, XVI e XVII) e proibe a dissolução dessa associação sem julgamento prévio na Justiça (Art. 5°, XIX). Sem contar o prórpio Regimento, que não prevê nenhuma punição para protestos (pacíficos).

Bem, depois de tanta mentira e ameaça, está na cara que ela tentou nos oprimir mais uma vez, tentando acabar com um movimento legítimo dos estudantes que luta por direitos básicos.

Como ela disse na reunião ontem: "Eu sinto prazer em respeitar a Lei!"

Nós também diretora! Mais prazer do que você aliás!

*Estatuto da Criança e do Adolescente
**Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
***Constituição Federal

quarta-feira, 11 de março de 2009

A Diretoria e a Contra-Revolução

11/03 - 7h30 - "Um grupo de alunos aguardam no corredor para uma reunião com a diretora. 'Um representante de cada sala!' , gritavam. Estando todos os representantes no local, a diretora começa a chamá-los. Em fila, seguimos até a sala de vídeo. Elaine Feitosa chega junto com a vice-diretora, Cida e as professoras Marta e Carmen..."


Mal começa a reunião, já começa uma sessão de gols contra a favor da diretoria. Ao serem questionados sobre o porque de estarem ali, 12 dos 20 alunos presentes afirmaram que era para "saber o que havia ocorrido ontem". Aproveitando desse deslize ela "concuiu" que o protesto não passou de uma "arruaça" promovida por um "grupinho" de alunos. Para piorar a situação, somos surpreendidos ao ver que alguns alunos também achavam que o que aconteceu ontem foi "baderna". (É importante avisar que esses foram os mesmos que afirmaram não saber o porquê do protesto).


Para facilitar a dominação, Elaine fez com que não fizéssemos perguntas enquanto ela falava. Assim, esquecíamos de vários pontos importantes que ela ia falando, diminuindo o número de perguntas "cabeludas". Sem contar o sem-número de mentiras contadas para nos cooptar. A pior de todas foi proferida quando discutia-se o caso do garoto do 2° ano que passou mal no dia do protesto: "Ele pegou o celular na minha frente e ameaçou de ligar para o pai dele!", tendo assim desrespeitado o regimento, que proíbe o uso do celular dentro da escola. Ela só "esqueceu" de um detalhe. O referido aluno nem celular possui.


A reunião foi se desenrolando e, ao mesmo tempo em que Elaine Feitosa se mostrava inflexível às reivindicações dos alunos, uma parte dos representantes começaram a apoiá-la, acreditando no seu falso "embasamento legal". Ela havia conseguido o que queria.


Mas ela não esperava que alguns alunos que não se deixaram cair pelo discurso da "legalidade" começaram a passar de sala em sala falando o que realmente havia acontecido - intolerância da diretora; ameaças de expulsão para quem protestasse e a falta de um acordo entre ela e os alunos. Mal soube da notícia, lá vem "dona Elaine" reprimir aqueles que se manifestavam contra a sua "jestão".


Na quinta-feira (12/03) já está preparada uma carta com todas as nossas reivindicações, assinada pelos alunos, que será entregue à diretoria, à Delegacia de Ensino e à Secretaria da Educação. Tentaremos o diálogo. Mas, se até terça (17/03) não for tomada nenhuma providência, dia 18 (quarta) terá inicio uma nova onda de protestos até que ela acate as nossas reivindicações!


Todos de caras-pintadas, apitos e cartazes para protestar!


Ela mal perde por esperar....

terça-feira, 10 de março de 2009

Hoje vi os dois extremos do poder

Dentro da Escola, no meio de um protesto a favor dos direitos básicos para um estudo de qualidade, vi um policial simpático representando o verdadeiro opressor da história. Dizia palavras bonitas como educação, direitos, e outras coisas mais para amenizar as perguntas enfurecidas de alunos realmente críticos. Claro, discutimos o que se podia ser feito, falamos nossas reivindicações, nossos problemas.
Pelos primeiros dez minutos, tive a plena ilusão de que alguém superior iria realmente fazer algo pela nossa causa. A conversa foi se arrastando até que todos vimos que, de fato, quem precisava estar naquela sala [a diretora]*, mal tinha dado as caras desde o começo do ano. Descemos para o pátio sem nenhuma resposta.
Como nós já prevíamos, a "lei" nos aguardava na porta da escola, e o que também prevíamos aconteceu: algumas pessoas levaram represálias da polícia. Frases como: "Vá embora para casa", "É proibido ficar na porta da escola" foram ditas, na tentativa de uma intimidação nítida contra nosso protesto pacífico.
Tanto o policial que estava dentro como os policiais de fora tentaram acabar com a luta por nossos direitos. Mas felizmente hoje mudamos um pouco da história do José Vieira de Moraes, hoje os verdadeiros oprimidos lutaram, de fato, contra seus opressores.
Protestamos de forma pacífica, de mãos limpas, não damos motivos para represálias; nossa principal arma foi a inteligência e a consciência de que estávamos fazendo algo não só para nós alunos mas também para todos aqueles que não têm acesso à uma educação de qualidade pelo fato de ser pobre, preto e favelado.
Elaine Feitosa, a diretora e carrasca do Vieira, nem sequer "dialogou" com os alunos que estavam querendo o direito de usar o banheiro, ter seus 10 minutos de tolerância em caso de atrasos como por exemplo por um ônibus quebrado; ter acesso à cultura e ao lazer, coisa que a escola deveria oferecer!
Mas hoje eu vi a outra face do poder - a face oprimida, que quando se levanta e luta se torna tão forte quanto o policial "simpático" e a diretora mandona, pois tem ao seu lado algo que eles não têm: A MASSA!

"Tal poder não nos ilude
Sabemos onde ele se encontra:
(Seja você, consciente ou contra)
É nas mãos da juventude!" (Poeta anti-ditadura)


By: R.R e El.M. (em breve, autores(as) deste blog)

*Nota de E.M.

(Segue abaixo um vídeo com um trecho da reunião com o Sargento)

Por uma Escola mais humana

Acontecimento histórico o que houve hoje. Lamentável, aliás mais uma lamentável decisão da "ilustríssima" diretora dessa tão conceituada Escola, que aos poucos está sendo brutalmente sufocada, fazendo com que seus maiores prejudicados, os alunos, exijam seus Direitos e fazendo com que as Leis sejam cumpridas. Essa Escola que já foi considerada local de cultura e educação, hoje é cenário de uma grande e justa luta por liberdade e pelo que é certo.
Ou seja, lutamos por um ensino de qualidade, que nos dê possibilidade de entrar numa Universidade Pública, lutamos para sermos ouvidos em relação à tolerância de atrasos por motivos de trânsito, lutamos por cultura para podermos levar instrumentos musicais, por ter livre acesso a nossa riquíssima biblioteca que por motivos que nunca nos foram dados nunca está aberta.
Se nós não fomos ouvidos falando em tom baixo, agora, com certeza, seremos ouvidos Unidos e com nossas gargantas à tona gritando por Liberdade, Justiça, Educação e uma Direção Mais humana, que se importe mais com os estudantes do que com simplesmente burocracia e tramites legais, queremos ter a nossa saúde preservada. Queremos ser tratados dignamente, sem a opressão da ronda ou da polícia militar, que deveriam estar prendendo e vasculhando lugares onde vândalos e meliantes estão e não onde estudantes pensantes se encontram lutando por uma Educação Melhor.

By: Fx (em breve, autor(a) desse blog)

O Dia da Contestação: Alunos dizem basta à opressão!

Hoje, 10 de março de 2009, os alunos do Vieira perderam o medo e foram à luta. Por mais de 3h os estudantes realizaram um protesto dentro e fora da escola. O motivo de tanta revolta: Feitosa Hitler se negou a dar assistência a uma menina que passava mal. "Só sai da escola se estiver morrendo" disse a nazi-diretora.
O protesto se iniciou quando alguns colegas da garota fecharam o portão da escada que dá acesso às salas. Bateu o sinal e todo mundo ficou no pátio. Não demorou muito começaram a gritar palavras de ordem como "Fora Feitosa" entre outras. Os alunos exigiam uma conversa com a diretora, mas a covardia foi maior e um grupo de alunos teve de entrar na diretoria para exigir que ela se explicasse. Durante a conversa ela se mostrou mais uma vez arrogante e prepotente ao responder: "Sou muito ocupada pra ficar resolvendo problema de aluno", e ainda teve a cara-de-pau de perguntar o que a gente estava vendo de mais na menina (obs: ela não deve ter visto que a menina chorava e não havia ninguém para chamar o pai ou levar a um hospital). E terminou ameaçando: "Avise pra todo mundo subir pras salas ou então eu chamo a rondinha!"
Os alunos não temeram e continuaram no pátio. Passados 10min lá estava o sargento da PM convocando um representante de cada classe para conversar. A portas fechadas, na sala 14, o policial tentava ganhar os representantes na lábia, e ao ver sua tarefa fracassada, agiu como de costume, ameaçando: "Se vocês quebrarem alguma coisa eu serei obrigado a chamar o reforço e reprimir vocês". Cheios de tanta "conversa mole" os estudantes saíram da sala e voltaram ao pátio.
De volta ao pátio vem o anúncio: é para todos ficarem na frente da escola até às 13h, para conversar com o pessoal da tarde que eles protestassem também. Às 13h10 já se ouviam gritos dentro da escola. Resta saber o que ocorreu à tarde e à noite neste dia tão agitado para os alunos da E.E. Prof. José Vieira de Moraes....

quarta-feira, 4 de março de 2009

Arte da periferia: meio de libertação dos oprimidos

Esse texto é de um poeta de Taboão da Serra, periferia de São Paulo. O nome dele é Sérgio Vaz e esse texto foi pronunciado na abertura da Semana de Arte Moderna da Periferia, evento realizado em setembro de 2007 no Capão Redondo, que faz um contraste à Semana de Arte Moderna de 22, movimento da classe média e da burguesia paulistas.
Escolhi esse texto por ele ser um exemplo de como os estudantes de periferia podem lidar com a questão da arte e, no nosso caso, como o Grêmio deve compreender a produção artística numa escola que acolhe grande parte do pessoal de uma das regiões mais pobres de São Paulo: o Extremo Sul. E esse texto tem muito a nos ensinar sobre arte, periferia, liberdade e principalmente sobre a vida.

Boa Leitura!

"Sergio Vaz: Manifesto da Antropofagia periférica"

"A Periferia nos une pelo amor, pela dor e pela cor. Dos becos e vielas há de vir a voz que grita contra o silêncio que nos pune. Eis que surge das ladeiras um povo lindo e inteligente galopando contra o passado. A favor de um futuro limpo, para todos os brasileiros.

A favor de um subúrbio que clama por arte e cultura, e universidade para a diversidade. Agogôs e tamborins acompanhados de violinos, só depois da aula.

Contra a arte patrocinada pelos que corrompem a liberdade de opção. Contra a arte fabricada para destruir o senso crítico, a emoção e a sensibilidade que nasce da múltipla escolha.

A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

A favor do batuque da cozinha que nasce na cozinha e sinhá não quer. Da poesia periférica que brota na porta do bar. Do teatro que não vem do “ter ou não ter...”. Do cinema real que transmite ilusão. Das Artes Plásticas, que, de concreto, quer substituir os barracos de madeiras. Da Dança que desafoga no lago dos cisnes. Da Música que não embala os adormecidos. Da Literatura das ruas despertando nas calçadas.

A Periferia unida, no centro de todas as coisas.

Contra o racismo, a intolerância e as injustiças sociais das quais a arte vigente não fala.

Contra o artista surdo-mudo e a letra que não fala.


É preciso sugar da arte um novo tipo de artista: o artista-cidadão. Aquele que na sua arte não revoluciona o mundo, mas também não compactua com a mediocridade que imbeciliza um povo desprovido de oportunidades. Um artista a serviço da comunidade, do país. Que armado da verdade, por si só exercita a revolução.


Contra a arte domingueira que defeca em nossa sala e nos hipnotiza no colo da poltrona. Contra a barbárie que é a falta de bibliotecas, cinemas, museus, teatros e espaços para o acesso à produção cultural. Contra reis e rainhas do castelo globalizado e quadril avantajado. Contra o capital que ignora o interior a favor do exterior. Miami pra eles ? “Me ame pra nós!”. Contra os carrascos e as vítimas do sistema. Contra os covardes e eruditos de aquário. Contra o artista serviçal escravo da vaidade. Contra os vampiros das verbas públicas e arte privada. A Arte que liberta não pode vir da mão que escraviza.

Por uma Periferia que nos une pelo amor, pela dor e pela cor.

É TUDO NOSSO! "


vermelho.org.br

Site Oficial do poeta Sérgio Vaz:
otaboanense.com.br/poetasergiovaz

terça-feira, 3 de março de 2009

O fascismo de Elaine Feitosa

A atual situação da educação a nível nacional está um caos. Professores mal remunerados, alunos desinteressados, governos ditatoriais e diretores autoritários dominam esse cenário apocalíptico. Não é diferente na E.E. Prof. José Vieira de Moraes. Depois de sermos atacados pelo governo fascista de José Serra e sua secretária Maria Helena Guimarães de Castro, vimos a ascensão de uma diretora carrasca e mandona dentro da nossa própria escola. A repressão desceu do alto escalão do governo e chegou até a nossa humilde escola do Rio Bonito, bairro da Zona Sul de São Paulo.
A necessidade de um grêmio que possa organizar a resistência dos estudantes se mostra urgente. A cada dia Elaine Feitosa (uma espécie de Hitler no Vieira) mostra seu lado autoritário ao tomar decisões de cima para baixo, sem consultar a ninguém e tirar dos alunos e professores a única coisa que ainda lhes restava: a liberdade.
Os alunos se vêem acorrentados e sem forças para reagir. É inadiável a formação de um grêmio que encorpore a revolta que toma de conta dos alunos. Não se pode, desta forma, conceber um grêmio que centralize as atividades e decisões que precisam da participação de todos. É importante o caráter democrático e participativo do grêmio para que este possa cumprir sua tarefa de libertação dos estudantes.
Com empenho e coragem, nós, estudantes do José Vieira, conseguiremos romper as correntes que nos prendem e até, quem sabe, transformar essa escola antiquada e dominadora em algo novo e que ao invés de nos prender nos liberte!

Mais que um grêmio livre. O que nós queremos de verdade é uma escola livre!

EXIGÊNCIAS DOS ESTUDANTES DO VIEIRA

*Tolerância de pelo menos 10 min no horário da entrada. Basta de ser proibido de entrar na escola porque chegou atrasado!
*Permissão de entrada na 2° aula para o noturno. É inadmissível que a juventude trabalhadora não tenham acesso à educação!
*Arte e esporte livres na escola! Não faz sentido proibir a entrada de instrumentos musicais e artigos esportivos na escola!
*Teatro e Biblioteca aberta aos estudantes permanentemente! Não podemos aceitar que espaços culturais sejam usados como depósitos de lixo!

*A ida ao banheiro é uma necessidade do aluno, não pode ser privilégio da diretora!
*Aluno doente deve ser prioridade para a direção. Chega de ficar preenchendo documentos "mais importantes"!