terça-feira, 9 de junho de 2009

28/05/09 - "O Dia"

28/05/09... Terceira aula, período da manhã na E.E. Prof. José Vieira de Moraes. Alunos representando cada classe reúnem-se para discutir uma nova onda de protestos contra a gestão que afunda nossa escola num regime abstolutista, o abismo da loucura de Elaine Feitosa.
Foi decidido que após o intervalo os alunos permaneceriam no pátio para o início da manifestação. Os alunos foram avisados para manifestarem-se pacificamente, sem destruir nada da escola.
A princípio, pensaram em fechar o portão para que todos não subissem, mas desistiram da idéia, pois assim acabariam por perder todo o crédito e importância de uma manifestação que busca a melhoria da escola para uma imagem de "grande arruaça", símbolo do senso comum de nossa diretora contra as manifestações dos estudantes.O manifesto finalmente começou. O sinal para a quarta aula tocou e os alunos não subiram, no entanto, o portão estava aberto para quem quisesse subir e ter aula. Mas ninguém quis subir, todos permaneceram no pátio enquanto os representantes de cada classe conversavam sobre os motivos da manifestação, deixando todos os presentes no protesto informados.
Passa o tempo, e a vice-diretora, Cida, desce para conversar com os alunos e convencê-los de que não existem motivos concretos para uma manifestação. Vendo que não possuía argumentos para convencê-los, simplesmente deu as costas e subiu para a diretoria, sem querer mais conversa... Enquanto isso, surgiram alunos do período noturno, que diziam que a manifestação somente prejudicaria os outros, e que a diretoria estava trabalhando para a melhoria da situação da escola e de todos os períodos. Aí a coisa ficou feia. Esses mesmos alunos conseguiram iniciar um conflito, pois diziam que eram à favor da gestão da diretora. Alguns representantes revoltaram-se, mas foram logo acalmados.
Em seguida, a própria Elaine desceu ao pátio, mas nada adiantou. Vendo que não conseguiria mudar nada, também virou as costas e subiu.
Os conflitos entre os alunos do noturno, que vieram para comunicar a formação de chapas para o grêmio e acabaram no meio da manifestação com os alunos representantes só aumentava. Uma das inspetoras desceu até o pátio e chamou alguns dos manifestantes, para irem até à diretoria para "conversar". Foram os três alunos chamados e mais dois foram juntos, que acreditavam ser mesmo uma conversa e estavam dispostos a participar de uma reunião com a diretora.
Chegando lá, Surpresa! Não era conversa coisa nenhuma. Elaine Feitosa pediu os nomes e telefones dos alunos para convocar os pais, pois dizia que outros alunos foram até ela e denunciaram os presentes na diretoria como mobilizadores da "arruaça". Os presentes perguntaram se os alunos que denunciaram seriam convocados mais tarde para comprovar a acusação, mas não foram ouvidos. Feitosa faria de tudo para acabar com os manifestos, até usar denúncias sem provas. Baixa, muito baixa. Um deles chegou até a perguntar para a vice diretora o que ele havia feito para estar lá, e, surpreendam-se, a resposta foi um simples: - Nada!
E ficaram lá os alunos, na sala da diretoria, conversando com uma inspetora que insistia em dizer que a diretora estava certa, que os alunos estavam errados, etc, enquanto a diretora passeava pelos corredores falando com pais que chegavam, com professores, com inspetores, tentando resolver várias coisas ao mesmo tempo e deixando pais que saíram do trabalho esperando... Os representantes de classe que permaneceram no pátio subiram até a diretoria para ver a situação e foram comunicados de que os alunos que tiveram os pais chamados estavam sendo ameaçados de expulsão. Uma aluna do noturno também subiu logo depois, e tentou explicar que, na verdade, não estava do lado da diretora. Estava apenas "atuando" como uma amiga, quando na verdade era uma ativista contra a gestão. Muito tempo depois, três dos cinco alunos presos na diretoria foram chamados para outra sala, para uma reunião com a diretora e com os pais de cada um. A diretora não perdeu tempo numa conversa com os pais antes da reunião, dizendo que os alunos não teriam "cabeça" para organizar uma coisa dessas e que haviam professores por trás de tudo isso, numa clara tentativa de jogar os pais contra os professores.
Enfim começou a reunião. Discussão vai, discussão vem, e a diretora nem sequer citou os alunos que foram denunciar os outros presentes na reunião. Após esse assunto ser levantado por um deles, a diretora disse que não chamaria aluno nenhum até à diretoria. A bomba estava prestes a explodir e o chicote estralava pra todo lado, seja nas costas da diretora, dos pais ou dos alunos, mas a chicotada que mais doeu foi para o lado da direção. Em certo momento, a discussão foi interrompida pela vice diretora, que dizia assustada sobre uma ligação na delegacia de ensino, em que disseram que alunos estavam sendo expulsos. Foi incrível a mudança do jogo na sala. A diretora negou tudo aos pais sobre a expulsão, e os fez assinar no livro ATA uma declaração que confirmava a não-expulsão dos alunos. Logo mais todos foram liberados e tudo acabou.
Ouvimos ainda que alguns baderneiros que não sabiam o motivo do protesto quebraram torneiras e extintores, mas nada que pudesse incriminar ninguém dos presentes , pois um professor pegou os baderneiros. Depois descubrimos que nada havia acontecido, era só mais uma mentira para nos intimidar...
Por fim, o chicote cessou e tudo voltou ao normal. Mas a dor do último estralo, acredito, é sentida até agora.

Um comentário:

Anônimo disse...

aprovada lei que garante transporte e merenda para TODOS os alunos, do EM e do EJA tbm !
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u582050.shtml