sábado, 24 de outubro de 2009

Poemas de Marcelo Macêdo Alves

Nasceu em 1988, em Brasília. Viveu lá até os 4 anos, quando se mudou com a família para Fortaleza e lá ficou por 3 anos. Retornou para Brasília onde concluiu os estudos na rede pública de ensino, formando-se aos 16 anos.
Aos 19, entra na Universidade de Brasília onde cursa Desenho Industrial.
Começou na poesia com a vontade de escrever músicas (aliás, é um puta dum batera). Durante o processo de criação, buscou desenvolver o vocabulário ao mesmo tempo em que procurava expressar o que tinha preso na garganta.

Influências: Mário Quintana e Augusto dos Anjos.

"Embora esses dois poetas não tenham nada a ver um com o outro, quando escrevo, deixo as influências fluírem naturalmente." - Explica.

"Poesia pra mim começa no sentimento. Normalmente, isso se traduz na primeira e na última frase" - Conclui o poeta

"Retrocesso"

Estou cansado
Do discurso partidário
Mas o mundo me chama
Para compor seu cenário

Eu faço história
Com meus versos e atos
Mesmo que ainda me falte
O complemento do hiato

Observo a escória
E a distorção atômica me invade
Lhe falta glória
Na crítica da humanidade

E vou seguindo
Com pressa sem pensar
No escuro caindo
Das loucuras de socializar

Meus sentidos eu treino
Meus olhos perfuro
Nos meus ouvidos eu reino
No mais, apenas o que me resta
Um sentimento obscuro


"Poesia Concreta"

Liberdade,
Ideologia fundada no primórdio,
Beirando à loucura,
Estrada sem fim.
Resquício do desejo fundamental da vida,
Dado inexato, inalcançálvel.
Alcova dos homens,
Direito da morte.
Essência.

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