(continuação) ...Assim fomos para a sala 15 para iniciar a reunião...ReuniãoNa sala 15 organizamos as cadeiras em cículo e sentamos, esperando pela diretora para começarmos a reunião. Com a sua chegada, deu-se início à reunião. Quem começou falando, explicando os motivos dos protestos foram os alunos, que passaram todo o histórico de mobilizações já realizadas, as tentativas de diálogos, as promessas não cumpridas etc. Seguiu-se ao relato dos alunos o relato dos pais, que fizeram denúncias aos deputados da Comissão de Direitos Humanos e ao dirigente Samuel, de casos de agressões a alunos na porta da escola, casos de ameaças, constrangimentos, o já conhecido caso da aluna que fez suas necessidades em sala de aula porque a diretora não permitiu sua ida ao banheiro, entre outros absurdos cometidos sob esta gestão. Logo após, foram ouvidos os representantes do sindicato, que engrossaram as denúncias com um caso de desrespeito à liberdade sindical, quando a Sra. Diretora os expulsou da escola por estarem "criando problemas para ela". Quem continuou as denúncias foram os professores, com o relato da polêmica atribuição de aulas feita no início do ano, que foi feita de forma arbitrária e autoritária por parte da diretora. Contou-se ainda o caso das faltas injustificadas distribuidas para os professores sem motivo algum.
Depois que todos falaram, foi a vez da diretora expor sua defesa.
Ela argumentou que o caso da professora que conseguiu na Justiça a anulação de todas as faltas injustificadas já havia sido resolvido, e que desde a decisão Judicial ela não levou mais nenhuma falta e todas as faltas anteriores foram anuladas depois de alguns dias da sentença, ao que os professores contestaram, dizendo que ela continuava a receber faltas e que queriam ver os documentos que provassem o contrário.
Logo após ela prosseguiu, afirmando que quanto a ela ter proibido a entrada do sindicato na escola se devia ao fato de eles terem atrapalhado o horário de aulas, e não terem pedido permissão para entrar. O sindicato reagiu, afirmando que eles não haviam atrapalhado o horário de aulas, já que haviam entrado no horário do intervalo, e que haviam comunicado sim à direção que estavam entrando, ao que esta reagiu gritando para que se retirassem e ficassem quietos.
Ela também tocou na questão do Conselho, que ela é acusada de desrespeitar e passar por cima das decisões tomadas ali. Segundo ela, o Conselho só é soberano até o ponto em que respeita a lei, mas que quando ela, a juíza suprema da lei, vê que há alguma ilegalidade, ela intervêm e passa por cima das decisões, para
"inibir que o Conselho cometa atos ilegais". Mas quando ela foi questionada se ela também podia realizar reuniões sem o quórum necessário (quantidade de pessoas mínimo para a realização de uma reunião de Conselho) e depois coagir os membros a assinarem a Ata, ela não se pronunciou, dizendo apenas que
"ninguém era obrigado a assinar a Ata, assinou porque quis".
Outra pergunta que ficou sem resposta foi o porquê de ela ter engavetado o projeto de Grêmio. A única resposta obtida foi a de que "não havia chegado à mesa dela". Mas o projeto foi entregue para a Direção, e temos provas e testemunhas disso, agora, se não chegou à mesa dela, isso só mostra a incompetência da atual gestora em dirigir uma escola do porte do José Vieira.
O deputado estadual Adriano Diogo (PT/SP) sugeriu à diretora e ao dirigente que ela se afastasse,
"pelo bem da escola e dela mesmo, pois assim ela poderia adquirir mais experiência, e tempo, para assumir a direção de uma escola com a grandeza que o Vieira tem e para resolver o conflito que se instalou nesta escola". O deputado ainda parabenizou os alunos pela mobilização e se disse sentir há
"40 anos atrás", quando, segundo ele,
"havia o movimento estudantil de verdade", do qual ele participou.
Em seguida foi a vez da Assesoria do dep. estadual Raul Marcelo (PSOL/SP) intimar a diretora:
"A Sra. não o direito de proibir a organização do Grêmio nessa escola. Porque se o movimento estudantil quiser ele pode meter o pé em qualquer porta dessas aqui e declarar que aqui há um Grêmio, e a Sra. não pode fazer nada, a não ser acatar a decisão dos alunos e respeitá-los", e convocou os alunos a organizar o Grêmio ainda este ano.
O dep. José Cândido (PT/SP) foi o último a dar o seu parecer e disse apoiar o afastamento da diretora como
"forma de administrar o conflito".O último a falar foi o Dirigente de Ensino da região Sul-3, o Sr. Samuel Alves dos Santos. Segundo o dirigente, o afastamento da diretora não compete a ele, mas somente ao Secretário da Educação. Mas segundo ele, a Delegacia de Ensino se encaminhará de levar todas as nossas denúncias à Cogesp, e que esta, junto à Secretaria da Educação decidiria pelo afastamento ou não da diretora. O que o dirigente fez, na realidade, foi lavar as mãos quanto à diretora, ao que pareceu, ele se cansou de tanto protegê-la, tanto que chegou a dizer que "já conversou com ela mas ela não ouve".
Bem, nossa reunião foi um sucesso, saímos vitoriosos dela. Mas não podemos baixar a guarda agora, pois apesar dessa vitória, ainda não conseguimos o que queremos de fato: O AFASTAMENTO IMEDIATO DA DIRETORA ELAINE FEITOSA DO CARGO!
Portanto, nesta quinta-feira, dia 26 de novembro, nós vamos até a SE pedir uma reunião com o Secretário da Educação, o Sr. Paulo Renato, para pedirmos que ele tome a decisão de afastá-la do cargo o mais rápido possível. Por isso pessoal, precisamos que todos compareçam neste ato para que o Paulo Renato nos ouça. Lá nós vamos contar com o apoio dos professores de todo o Estado que estarão presentes na Assembléia da APEOESP, do movimento estudantil e de outras escolas que vão estar lá!
Vamos à luta galera!
Se já chegamos até aqui é porque fizemos por merecer!
O nosso movimento mostra cada dia mais força para, quando chegar a hora, concretizar o grito que está entalado na garganta desde o início do ano: FORA FEITOSA!!
Até a vitória companheiros!!!